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24/07/2005 - 13h49

Esquerda do PT diz que não apoiará possível candidatura de Tarso Genro

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

As correntes de esquerda do PT não receberam bem a decisão do Campo Majoritário --tendência que controla 60% do partido--, que convidou ontem Tarso Genro para disputar as eleições internas do partido, previstas para setembro. Genro, atual presidente do PT, assumiu o cargo após a renúncia de José Genoino.

Apesar do convite, Genro pediu uma semana para pensar sobre a proposta e também poder ouvir a opinião de outras correntes do PT.

Para Valter Pomar, representante da Articulação de Esquerda e vice-presidente do PT, Genro tem uma missão a cumprir até a próxima eleição que vai de encontro à sua possível candidatura pelo Campo Majoritário.

"Ele tem um papel de magistrado a cumprir nesse mandato tampão, que vai até as próximas eleições. Ele precisa viabilizar a limpeza política e moral do PT", disse Pomar.

Segundo ele, essa tarefa será inviabilizada pela candidatura à presidência do PT. "Como candidato do Campo, ele terá de assumir alguns compromissos. E esses compromissos podem impedir a limpeza moral e política do partido."

Apesar de criticar o acúmulo da presidência do PT com a possível candidatura à reeleição, Pomar admitiu que Genro é o melhor nome do Campo para as eleições. "Ele é a expressão máxima do grupo que está aí [Campo]. Ele foi um dos teóricos dessa política que levou o governo a se aproximar do centro e de pessoas como Roberto Jefferson (PTB-RJ) e a manter relações de promiscuidade com o empresariado."

Mesmo assim, ele disse que a Articulação de Esquerda não apoiará Genro. "Vamos disputar as eleições e vamos vencer."

Ele diz que a escolha de Genro não ajudará o PT a passar por um processo de renovação. "Será uma renovação conservadora."

Genro é considerado como um dos poucos integrantes do Campo Majoritário com capacidade para unir as diversas tendências internas do PT em torno de um projeto único.

Se ele desistir da eleição, os possíveis candidatos do Campo são: o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT); o secretário-geral do partido, Ricardo Berzoini; e ex-secretário de Direitos Humanos Nilmário Miranda; e o assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia.

Antes das denúncias do "mensalão", Genoino era considerado o candidato natural do Campo Majoritário. Mas as denúncias sobre o suposto pagamentos por parte do PT aos partidos da base aliada e o escândalo envolvendo um assessor de seu irmão, preso pela Polícia Federal com US$ 100 mil na cueca, fizeram com que ele abandonasse a eleição.

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