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26/07/2005 - 13h24

Renilda afirma que Marcos Valério se sente usado pelo PT

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Renilda Maria Santiago de Souza, mulher de Marcos Valério Fernandes de Souza, afirmou nesta terça-feira, em depoimento à CPI dos Correios, que o publicitário se sente, atualmente, usado pelo PT.

Apontado como operador financeiro do "mensalão", Marcos Valério foi o responsável pela liberação de empréstimos feitos em nome da sua empresa para que os recursos fossem repassados para o PT. "Na época, Marcos Valério não se sentia usado, este sentimento surgiu agora", disse Renilda.

Alan Marques/FI
Renilda Santiago, mulher de Valério, em depoimento à CPI
Renilda Santiago, mulher de Valério, em depoimento à CPI
O sentimento de ter sido usado também se refere só à tomada de empréstimos. Segundo Renilda, o marido disse que nunca operou o "mensalão" nem carregou malas de dinheiro.

Renilda se disse extremamente apolítica, mas contou que Marcos Valério lhe informou sobre vários empréstimos que fez ao PT a pedido de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido. Ela afirmou ainda estar preocupada sobre esses empréstimos e como serão pagos a seu marido.

A mulher de Marcos Valério disse ainda que não acredita nas afirmações feitas pela ex-secretária de seu marido, Fernanda Karina Somaggio, que declarou na CPI que existem malas de dinheiro que serviriam para pagar propinas a parlamentares.

Renilda disse que achou essa informação de Fernanda "exagerada" e disse que não acredita no pagamento do "mensalão". Segundo Renilda, o que deve ter havido foram financiamentos para pagamentos de contas do PT.

Ela confirmou que não sabe da movimentação financeira das contas da empresa, nem de sua conta pessoal. Ela informou receber R$ 3.500 da empresa DNA, da qual é sócia majoritária.

Segundo ela, suas contas bancárias eram movimentadas por Marcos Valério. Sob sua responsabilidade ficava a conta-salário do marido em que eram depositados R$ 30 mil da SPMB e R$ 30 mil da DNA Propaganda.

A mulher de Valério informou à CPI que possuiu uma casa em Brumadinho --cidade a 35 quilômetros de Belo Horizonte--, uma casa no bairro do Castelo, em BH, comprada há 14 anos, e três carros: um Corolla, uma Land Rover --mesmo carro presenteado pela empresa GDK ao ex-secretário-geral Silvio Pereira-- e uma Pajero comprada neste ano.

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