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27/07/2005 - 13h10

CPI dos Correios pede a Ministério Público prisão de Valério

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

Os integrantes da CPI dos Correios aprovaram um requerimento sugerindo que o Ministério Público Federal analise a possibilidade de pedir a prisão preventiva do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza. No mesmo requerimento, os integrantes da comissão pedem que o publicitário tenha seus bens indisponíveis. A decisão de pedir à Justiça a prisão cabe ao Ministério Público.

A argumentação dos parlamentares é de que, solto, Valério estaria coordenando a destruição de documentos que seriam necessários para a investigação da CPI.

Lula Marques/FI
O publicitário Marcos Valério de Souza
O publicitário Marcos Valério de Souza
Os integrantes também ampliaram a quebra dos sigilos de todas das empresas de Valério e de sua mulher, Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza desde 1997. Antes, as informações sobre os dados sigilosos eram somente até 2000.

Foi aprovada também a quebra do sigilo das contas das empresas de Valério no Banco de Brasília.

A tese ganhou força depois que foram divulgadas gravações entre o policial aposentado Marco Túlio Prata, irmão do contador Marco Aurélio Prata, cujo escritório de contabilidade foi alvo de uma ação de busca e apreensão pela Polícia Federal, na qual eram procurados documentos das empresas do publicitário .

No último dia 14, a Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu na casa do policial aposentado 12 caixas com mais de 2.000 notas fiscais da empresa DNA Propaganda, da qual o publicitário é sócio, na casa do irmão de seu contador, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

As notas de prestação de serviços --muitas emitidas em nomes de bancos no período de 1998 a 2004, segundo o promotor Leonardo Barbabela-- seriam queimadas.

Votação

Somente um congressista votou contra a aprovação do requerimento: Nelson Meurer (PP-PR). Segundo o deputado, Valério não se recusou em nenhum momento a prestar depoimento ou esclarecer questões à CPI. Mesmo se estivesse mentindo, argumentou o congressista, o publicitário estaria de acordo com a legislação. "Não tem justificativa o pedido de prisão preventiva".

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que já tinha apresentado requerimento, disse que a votação perdeu um pouco da força. Segundo ele, se a votação tivesse ocorrido na ocasião em que o requerimento foi proposto, há cerca de dez dias, teria evitado o encontro entre Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, em Belo Horizonte.

Dias depois do encontro, o publicitário e o ex-dirigente petista prestaram depoimentos semelhantes à Procuradoria-Geral da República.

Pela versão dos dois, os saques feitos nas contas das empresas de Valério eram fruto de um empréstimo tomado pelas empresas de publicidade para depois ser repassado para o PT quitar dívidas de campanha.

"Apesar de ter passado o momento ideal, acho que a votação foi importante. Queremos deixar claro politicamente que temos poder de força, para verem que não podem desrespeitar a investigação da CPI"

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