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27/07/2005
-
13h15
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O ex-ministro da Casa Civil e deputado José Dirceu (PT-SP) ficará em Brasília até esta sexta-feira se preparando para o depoimento ao Conselho de Ética, marcado para a próxima terça-feira, segundo informou hoje a assessoria do ex-ministro.
Dirceu esteve reunido hoje, por cerca de duas horas, em sua residência, em Brasília, com os deputados José Mentor (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e Professor Luizinho (PT-SP). Mentor e Rocha tiveram seus nomes envolvidos em saques das contas das empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do "mensalão".
Na saída do encontro, os deputados afirmaram que foi apenas uma visita a um amigo e não quiseram dar mais detalhes à imprensa. Professor Luizinho disse apenas que "José Dirceu está bem e tranqüilo".
A situação de Dirceu piorou ontem depois que a mulher de Marcos Valério, Renilda Maria Santiago de Souza disse à CPI mista dos Correios que o ex-ministro da Casa Civil teve conhecimento dos empréstimos acertados entre Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, no montante de R$ 39 milhões.
Pela versão de Valério e Delúbio, os empréstimos eram feitos em nome das empresas do publicitário e depois eram repassados para o PT utilizar no financiamento de campanhas eleitorais.
Em depoimento à CPI, Delúbio sustentou que ele foi o único responsável no PT pelas transações. Renilda, no entanto, sustentou que Dirceu sabia dos empréstimos.
"A única coisa que ele [Valério] me disse é que o doutor, na época ministro José Dirceu, sabia dos empréstimos. Eu perguntei como ele sabia. Ele me falou que houve uma reunião da direção do Banco Rural em Belo Horizonte com o ministro José Dirceu para resolver o pagamento desses empréstimos com o Banco Rural. E houve uma reunião em Brasília da direção do BMG, não sei onde, para acertar o pagamento das contas porque o banco também queria receber", disse Renilda à CPI.
No final da tarde, o ex-ministro divulgou nota em que nega conhecimento sobre os empréstimos mas confirma que manteve reuniões com os bancos Rural e BMG, a pedido das instituições financeiras.
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da Folha Online, em Brasília
O ex-ministro da Casa Civil e deputado José Dirceu (PT-SP) ficará em Brasília até esta sexta-feira se preparando para o depoimento ao Conselho de Ética, marcado para a próxima terça-feira, segundo informou hoje a assessoria do ex-ministro.
Dirceu esteve reunido hoje, por cerca de duas horas, em sua residência, em Brasília, com os deputados José Mentor (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e Professor Luizinho (PT-SP). Mentor e Rocha tiveram seus nomes envolvidos em saques das contas das empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do "mensalão".
Na saída do encontro, os deputados afirmaram que foi apenas uma visita a um amigo e não quiseram dar mais detalhes à imprensa. Professor Luizinho disse apenas que "José Dirceu está bem e tranqüilo".
A situação de Dirceu piorou ontem depois que a mulher de Marcos Valério, Renilda Maria Santiago de Souza disse à CPI mista dos Correios que o ex-ministro da Casa Civil teve conhecimento dos empréstimos acertados entre Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, no montante de R$ 39 milhões.
Pela versão de Valério e Delúbio, os empréstimos eram feitos em nome das empresas do publicitário e depois eram repassados para o PT utilizar no financiamento de campanhas eleitorais.
Em depoimento à CPI, Delúbio sustentou que ele foi o único responsável no PT pelas transações. Renilda, no entanto, sustentou que Dirceu sabia dos empréstimos.
"A única coisa que ele [Valério] me disse é que o doutor, na época ministro José Dirceu, sabia dos empréstimos. Eu perguntei como ele sabia. Ele me falou que houve uma reunião da direção do Banco Rural em Belo Horizonte com o ministro José Dirceu para resolver o pagamento desses empréstimos com o Banco Rural. E houve uma reunião em Brasília da direção do BMG, não sei onde, para acertar o pagamento das contas porque o banco também queria receber", disse Renilda à CPI.
No final da tarde, o ex-ministro divulgou nota em que nega conhecimento sobre os empréstimos mas confirma que manteve reuniões com os bancos Rural e BMG, a pedido das instituições financeiras.
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