Publicidade
Publicidade
28/07/2005
-
13h18
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
As correntes de esquerda do PT já começaram a costurar nos bastidores uma aliança em torno de uma candidatura. A idéia é criar uma única chapa de esquerda para disputar as eleições internas do partido com o candidato do Campo Majoritário --corrente que controla 60% do PT. O processo eleitoral do PT está previsto para setembro.
O Campo já tem um candidato para as eleições internas. É o atual presidente do partido, Tarso Genro, que aceitou hoje o convite feito no sábado passado para disputar as eleições do partido. Ele assumiu a presidência do PT após a renúncia de José Genoino.
Favorito nas eleições, Tarso deverá disputar com pelo menos outros seis nomes de esquerda. Para diminuir esse favoritismo, as correntes de esquerda começaram a articular a formação de uma chapa única.
Entre os representantes da esquerda, os nomes considerados mais fortes são: Plínio de Arruda Sampaio (independente), Raul Pont (Democracia Socialista) e Valter Pomar (Articulação de Esquerda).
A Folha Online apurou que a aproximação já é grande entre a DS de Pont e o bloco de esquerda que lançou a candidatura de Plínio. No entanto, Pomar, da Articulação de Esquerda, resiste em aderir à chapa única.
"Quem tem obrigação de vencer no primeiro turno é o Campo. Para nós, de esquerda, quanto mais nomes houver na eleição, melhor", disse ele.
Para Pomar, a existência de várias chapas de esquerda pode ajudar a pulverizar os votos e levar o PT a fazer um segundo turno para escolha de seu presidente. "Admito uma união entre as alas de esquerda. Mas só no segundo turno."
Presidência do PT
Pomar criticou a escolha do Campo, que terá um nome que acumulará a presidência do partido com a candidatura para as eleições. "Como atual presidente, ele tem um papel de magistrado a cumprir nesse mandato tampão. Ele precisa viabilizar a limpeza política e moral do PT", disse.
Segundo ele, essa tarefa será inviabilizada pela candidatura à presidência do PT. "Como candidato do Campo, ele [Genro] terá de assumir alguns compromissos. E esses compromissos podem impedir a limpeza moral e política do partido."
Antes das denúncias do "mensalão", Genoino era considerado o candidato natural do Campo Majoritário. Mas as denúncias sobre o suposto pagamentos por parte do PT aos partidos da base aliada e o escândalo envolvendo um assessor de seu irmão, preso pela Polícia Federal com US$ 100 mil na cueca, fizeram com que ele abandonasse a eleição.
Além disso, ele é suspeito de participar do esquema de caixa montado pelo ex-tesoureiro, Delúbio Soares, com o publicitário Marcos Valério --acusado de ser operador do mensalão. Valério foi avalista de um empréstimo feito pelo Banco Rural ao PT. O contrato foi assinado por Genoino e Soares.
Leia mais
Esquerda já cogita debandada do PT e espera apoio de Luizianne Lins
Professor Luizinho diz que funcionário pode ter ido ao Banco Rural em 2003
Dirceu reúne-se com advogado e prepara depoimento ao Conselho de Ética
Especial
Leia mais sobre eleições internas do PT
Esquerda do PT costura aliança para enfrentar Tarso Genro nas eleições
Publicidade
da Folha Online
As correntes de esquerda do PT já começaram a costurar nos bastidores uma aliança em torno de uma candidatura. A idéia é criar uma única chapa de esquerda para disputar as eleições internas do partido com o candidato do Campo Majoritário --corrente que controla 60% do PT. O processo eleitoral do PT está previsto para setembro.
O Campo já tem um candidato para as eleições internas. É o atual presidente do partido, Tarso Genro, que aceitou hoje o convite feito no sábado passado para disputar as eleições do partido. Ele assumiu a presidência do PT após a renúncia de José Genoino.
Favorito nas eleições, Tarso deverá disputar com pelo menos outros seis nomes de esquerda. Para diminuir esse favoritismo, as correntes de esquerda começaram a articular a formação de uma chapa única.
Entre os representantes da esquerda, os nomes considerados mais fortes são: Plínio de Arruda Sampaio (independente), Raul Pont (Democracia Socialista) e Valter Pomar (Articulação de Esquerda).
A Folha Online apurou que a aproximação já é grande entre a DS de Pont e o bloco de esquerda que lançou a candidatura de Plínio. No entanto, Pomar, da Articulação de Esquerda, resiste em aderir à chapa única.
"Quem tem obrigação de vencer no primeiro turno é o Campo. Para nós, de esquerda, quanto mais nomes houver na eleição, melhor", disse ele.
Para Pomar, a existência de várias chapas de esquerda pode ajudar a pulverizar os votos e levar o PT a fazer um segundo turno para escolha de seu presidente. "Admito uma união entre as alas de esquerda. Mas só no segundo turno."
Presidência do PT
Pomar criticou a escolha do Campo, que terá um nome que acumulará a presidência do partido com a candidatura para as eleições. "Como atual presidente, ele tem um papel de magistrado a cumprir nesse mandato tampão. Ele precisa viabilizar a limpeza política e moral do PT", disse.
Segundo ele, essa tarefa será inviabilizada pela candidatura à presidência do PT. "Como candidato do Campo, ele [Genro] terá de assumir alguns compromissos. E esses compromissos podem impedir a limpeza moral e política do partido."
Antes das denúncias do "mensalão", Genoino era considerado o candidato natural do Campo Majoritário. Mas as denúncias sobre o suposto pagamentos por parte do PT aos partidos da base aliada e o escândalo envolvendo um assessor de seu irmão, preso pela Polícia Federal com US$ 100 mil na cueca, fizeram com que ele abandonasse a eleição.
Além disso, ele é suspeito de participar do esquema de caixa montado pelo ex-tesoureiro, Delúbio Soares, com o publicitário Marcos Valério --acusado de ser operador do mensalão. Valério foi avalista de um empréstimo feito pelo Banco Rural ao PT. O contrato foi assinado por Genoino e Soares.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice