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"Mais uma vez a esperança vem vencendo o medo", diz Dilma
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RODRIGO VIZEU
da Agência Folha
da Folha Online
Ao lado do governador de São Paulo e presidenciável tucano, José Serra, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Casa Civil e presidenciável petista, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira que "mais uma vez a esperança vem vencendo o medo" no Brasil.
A declaração foi feita por Dilma ao final de seu discurso em Tatuí (SP), durante cerimônia de entrega de ambulâncias a prefeituras paulistas, quando afirmou que o Brasil vive um "momento imenso de transformação".
A frase foi criada por Duda Mendonça após a vitória de Lula em 2002. À época, o petista disputava a Presidência com Serra.
Hoje, durante o evento, o tucano defendeu melhorias no sistema de saúde brasileiro, mas ouviu na sequência uma crítica à oposição do presidente pelo fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
"Nós temos que aperfeiçoar o nosso sistema de saúde. Temos que torná-lo cada vez melhor, cada vez com o atendimento de primeira classe", discursou Serra, ex-ministro da Saúde.
"Podemos ter em avião primeira, segunda e classe turista, mas não podemos ter na saúde serviço de primeira e serviço de segunda classe. Saúde tem que ser serviço de primeira classe para todo mundo e esse é um trabalho que nós estamos perseguindo", disse.
Em seguida, entretanto, o governador paulista ouviu do presidente uma queixa sobre a oposição, que em 2007 conseguiu no Senado impedir a prorrogação da CPMF.
Parte dos R$ 40 bilhões arrecadados pelo tributo era destinada à saúde. Para Lula, a postura dos senadores de oposição foi uma "mesquinharia".
"Fiquei muito magoado e ofendido quando a minha oposição no Senado derrubou a CPMF. Eu não conheço um empresário no Brasil que reduziu do custo do seu produto 0,38 por cento, que é o que a gente pagava no cheque", afirmou o presidente.
"Quem quer que seja o presidente da República depois de mim vai ter que discutir mais dinheiro para a saúde. Não tem alternativa. Não é possível fazer saúde neste país sem dinheiro, custa caro", acrescentou.
Com informações da Reuters, em Brasília
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