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10/08/2005
-
17h00
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A lista apócrifa que passou de mão em mão ontem na CPI do Mensalão mostra que o ex-deputado Aécio Neves, atual governador de Minas Gerais pelo PSDB, também teria recebido recursos das contas da empresa de Marcos Valério Fernandes de Souza em 1998. Pelos dados em mãos dos membros da comissão, ele teria recebido R$ 110 mil para sua campanha vitoriosa à Câmara dos Deputados.
A documentação mostra ainda que os deputados Romel Anizio (PP-MG) e Cabo Júlio (PMDB-MG) receberam R$ 200 mil e R$ 63 mil supostamente para suas campanhas em 1998. Estão na lista também os deputados Jaime Martins (PL-MG) --R$ 100 mil--, Lael Varella (PFL-MG) --R$ 135 mil--, Mário Assad Júnior (PL-MG) --R$ 170 mil--, Carlos Melles (PFL-MG) --R$ 130 mil--, Cleuber Carneiro (PTB-MG) --R$ 80 mil--, Osmanio Pereira (em partido-MG) --R$ 75 mil-- e Eduardo Barbosa (PSDB-MG) --R$ 10 mil. Na lista de doações está ainda o PT, que teria recebido R$ 850 mil, mas o documento não indica para quem teriam sido entregues os recursos.
Esses nomes constam da documentação que, de acordo com o presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), seria parte de um processo que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) por improbidade administrativa contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade, e Marcos Valério, dono da SMPB. Andrade era sócio da empresa na época.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), no entanto, contestou a informação de que a lista compõe o processo citado.
A divulgação da listagem provocou a suspensão dos trabalhos da comissão. O vice-presidente da CPI, Paulo Pimenta (PT-RS), disse inicialmente ter recebido o documento das mãos de um dos advogados que defende Marcos Valério, Paulo Sérgio Abreu e SIlva. O advogado negou e Pimenta teve de voltar atrás e se contradizer.
Ontem, em depoimento à CPI, Marcos Valério apresentou nomes de pessoas que teriam recebido recursos em 1998, mas deixou os dados de hoje de fora. Mesmo sob os pedidos de integrantes da comissão, o empresário preferiu manter os nomes sob sigilo.
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Lista apócrifa mostra que Aécio teria recebido recursos de Valério
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da Folha Online, em Brasília
A lista apócrifa que passou de mão em mão ontem na CPI do Mensalão mostra que o ex-deputado Aécio Neves, atual governador de Minas Gerais pelo PSDB, também teria recebido recursos das contas da empresa de Marcos Valério Fernandes de Souza em 1998. Pelos dados em mãos dos membros da comissão, ele teria recebido R$ 110 mil para sua campanha vitoriosa à Câmara dos Deputados.
A documentação mostra ainda que os deputados Romel Anizio (PP-MG) e Cabo Júlio (PMDB-MG) receberam R$ 200 mil e R$ 63 mil supostamente para suas campanhas em 1998. Estão na lista também os deputados Jaime Martins (PL-MG) --R$ 100 mil--, Lael Varella (PFL-MG) --R$ 135 mil--, Mário Assad Júnior (PL-MG) --R$ 170 mil--, Carlos Melles (PFL-MG) --R$ 130 mil--, Cleuber Carneiro (PTB-MG) --R$ 80 mil--, Osmanio Pereira (em partido-MG) --R$ 75 mil-- e Eduardo Barbosa (PSDB-MG) --R$ 10 mil. Na lista de doações está ainda o PT, que teria recebido R$ 850 mil, mas o documento não indica para quem teriam sido entregues os recursos.
Esses nomes constam da documentação que, de acordo com o presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), seria parte de um processo que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) por improbidade administrativa contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade, e Marcos Valério, dono da SMPB. Andrade era sócio da empresa na época.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), no entanto, contestou a informação de que a lista compõe o processo citado.
A divulgação da listagem provocou a suspensão dos trabalhos da comissão. O vice-presidente da CPI, Paulo Pimenta (PT-RS), disse inicialmente ter recebido o documento das mãos de um dos advogados que defende Marcos Valério, Paulo Sérgio Abreu e SIlva. O advogado negou e Pimenta teve de voltar atrás e se contradizer.
Ontem, em depoimento à CPI, Marcos Valério apresentou nomes de pessoas que teriam recebido recursos em 1998, mas deixou os dados de hoje de fora. Mesmo sob os pedidos de integrantes da comissão, o empresário preferiu manter os nomes sob sigilo.
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