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10/08/2005 - 22h43

Perícia da PF encontra adulteração em documentos enviados pelo Rural à CPI

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da Folha Online

Uma perícia da Polícia Federal, entregue na noite desta quarta-feira para a CPI dos Correios levantou suspeitas sobre a autenticidade dos documentos enviados pelo Banco Rural para a comissão. O deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) disse que a PF detectou inconsistência em quatro dos seis arquivos enviados pelo Banco Rural para a CPI.

Ele citou um dos arquivos que continha 5.000 registros, enquanto o original teria 35 mil registros.

Entretanto, o estudo da PF, ainda não é conclusivo nem aponta se algum arquivo foi de fato apagado, como alegam parlamentares da comissão.

Mas o Rural, negou a adulteração. O banco informou que essa "hipótese de fraude é nula e completamente absurda".

Mas Lorenzoni disse que o Rural fez uma "maquiagem" nas contas da empresa SMP&B do publicitário Marcos Valério --acusado de ser o operador do "mensalão".

Para o deputado, a adulteração reforça a idéia que há uma "estranha relação de proximidade" entre Valério e a cúpula do Rural.

Lorenzoni disse ainda que a descoberta dá mais um motivo para a necessidade do depoimento da presidente do Rural, Kátia Rabello.

O sub-relator de sistematização e controle da CPI, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), disse que a adulteração pode ter se dado por supressão ou acréscimo de dados. Segundo ele, o resultado da perícia será apresentado ao técnico do Banco Rural, assessora a comissão. Só depois de ouvir suas explicações é que os parlamentares irão verificar se houve ou não má-fé por parte do banco.

Se ficar caracterizada a destruição de provas, os responsáveis podem ser presos e processados por obstrução das investigações.

Já o relator da CPI Mista dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que o tamanho da distorção pode estar equivocado. Pela perícia da PF, o banco teria acrescentado 39 mil operações inexistentes nas contas da empresa SMPB.

No entanto, Serraglio e o relator da CPI do Mensalão, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), refizeram as contas e informaram que a diferença é de 143 operações. Por isso, Serraglio pediu mais cuidado na divulgação das informações desse tipo.

Com Agências Câmara e Senado

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