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11/08/2005 - 14h24

Waldomiro Diniz se diz inocente e acusa Cachoeira de extorsão

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República, Waldomiro Diniz, em seu depoimento na CPI dos Bingos, negou nesta quinta-feira todas as acusações de extorsão que lhe são feitas. Segundo Diniz, não foi ele quem "achacou"o empresário do ramo de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

"Ao contrário. Ele [Cachoeira] mente, mente e mente de novo quando diz que eu o achaquei. Foi ele quem me achacou. Ele não queria cumprir o contrato fechado com a Loterj. Queria apenas explorar a vídeo loteria. Isto eu não pude deixar. A partir do dia que eu disse a ele que ele tinha que cumprir seu contrato com a Loterj [Loteria Estadual do Rio de Janeiro], eu nunca mais tive paz", disse ele.

Diniz, no entanto, confirma a veracidade da fita gravada por Carlinhos Cachoeira, na qual o ex-presidente da Loterj é flagrado pedindo propina no valor de 1% do contrato entre Cahoeira e a loteria estadual.

O ex-assessor também pediu a Cachoeira dinheiro para as campanhas eleitorais da então governadora Benedita da Silva, do candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Geraldo Magela e da atual governadora do Rio, Rosinha Matheus. Os três negam ter recebido estes recursos.

A CPI dos Bingos investiga o envolvimento de Diniz com casas de bingos. Além da tentativa de extorsão, as denúncias contra ele apontaram para uma tentativa de intermediação, junto à Caixa Econômica Federal, para a renovação do contrato com a empresa Gtech, empresa multinacional detentora da concessão para a exploração das loterias do banco.

Fita de vídeo

Ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Diniz caiu a após a divulgação da fita gravada por Cachoeira. "A fita é verdadeira, mas o que foi divulgado é apenas um pequeno trecho de um longo diálogo. Não fui eu que procurei Cachoeira. Foi ele que me procurou. Ele me ofereceu dinheiro para as campanhas, não fui eu quem pediu", afirma Diniz.

Diniz afirmou ainda que nunca havia ouvido falar do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza até o momento em que estourou o escândalo do mensalão.

Segundo Diniz, não era ele, mas sim o então assessor da Casa Civil Marcelo Sereno quem negociava com o Silvio Pereira --na época, ainda secretário-geral do PT-- as contratações para cargos em comissão (cargos de confiança) do governo.

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