Publicidade
Publicidade
11/08/2005
-
15h30
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz aceitou nesta quinta-feira fazer uma acareação com o seu principal acusador, o empresário do ramo de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em um novo depoimento na CPI dos Bingos.
A pedido do presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), Diniz aceitou fazer a acareação sem estar munido de um habeas corpus preventivo. Em seu depoimento, o ex-assessor da Casa Civil negou ter qualquer interesse na renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa Econômica Federal.
O ex-assessor negou também que tenha mantido encontro com os diretores da CEF para tratar do contrato com a Gtech e disse que as acusações que pesam contra ele nesse sentido são "mentirosas".
Segundo Waldomiro, ele recebeu um telefone de um conhecido que o avisou que alguém estava divulgando a informação que ele estava negociando este contrato entre a CEF e a Gtech e só por este motivo ele ligou para a direção da Gtech, na tentativa de descobrir quem utilizava seu nome.
Diniz afirmou que quem estava negociando com a Gtech, utilizando indevidamente seu nome era Carlinhos Cachoeira. Ele disse que ficou surpreso com o fato de Cachoeira estar negociando o contrato com a Gtech, não só em nível nacional com a CEF, mas também no Rio de Janeiro, para a exploração da videoloteria.
O ex-presidente da Loterj explicou que o contrato firmado entre a Loterj e Cachoeira obrigava o empresário do ramo de jogos a instalar, no primeiro ano, 600 máquinas de loteria "real time". No segundo ano, Cachoeira deveria instalar mil destas máquinas o que permitiria a exploração de duas a três máquinas de loteria de tempo real em cada casa de loteria do Rio.
"Ele me procurou dizendo que não poderia cumprir o contrato porque o seu sócio argentino não tinha dinheiro. Depois ele afirmou que não tinha interesse no cumprimento do contrato porque a instalação das máquinas não lhe daria lucro. Ele só queria explorar a videoloteria. Isto eu não podia deixar."
A proposta de Cachoeira, segundo Waldomiro, era instalar somente no Rio mais de 20 mil máquinas de videoloteria. O ex-assessor da Presidência explicou que na conversa gravada por Cachoeira, na qual ele foi flagrado cobrando propina, na verdade ele estava tratando desta questão contratual e da cobrança dos honorários do seu amigo Armando Dile --morto em dezembro de 2002--, que deixou a Loterj e foi atuar como consultor de Cachoeira e acabou sem receber seus honorários.
Leia mais
Duda diz que recebeu dinheiro vivo porque não tinha "poder de decisão"
Sócia de Duda diz que Valério pediu abertura de conta no exterior
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
Waldomiro aceita acareação com Carlinhos Cachoeira na CPI dos Bingos
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz aceitou nesta quinta-feira fazer uma acareação com o seu principal acusador, o empresário do ramo de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em um novo depoimento na CPI dos Bingos.
A pedido do presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), Diniz aceitou fazer a acareação sem estar munido de um habeas corpus preventivo. Em seu depoimento, o ex-assessor da Casa Civil negou ter qualquer interesse na renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa Econômica Federal.
O ex-assessor negou também que tenha mantido encontro com os diretores da CEF para tratar do contrato com a Gtech e disse que as acusações que pesam contra ele nesse sentido são "mentirosas".
Segundo Waldomiro, ele recebeu um telefone de um conhecido que o avisou que alguém estava divulgando a informação que ele estava negociando este contrato entre a CEF e a Gtech e só por este motivo ele ligou para a direção da Gtech, na tentativa de descobrir quem utilizava seu nome.
Diniz afirmou que quem estava negociando com a Gtech, utilizando indevidamente seu nome era Carlinhos Cachoeira. Ele disse que ficou surpreso com o fato de Cachoeira estar negociando o contrato com a Gtech, não só em nível nacional com a CEF, mas também no Rio de Janeiro, para a exploração da videoloteria.
O ex-presidente da Loterj explicou que o contrato firmado entre a Loterj e Cachoeira obrigava o empresário do ramo de jogos a instalar, no primeiro ano, 600 máquinas de loteria "real time". No segundo ano, Cachoeira deveria instalar mil destas máquinas o que permitiria a exploração de duas a três máquinas de loteria de tempo real em cada casa de loteria do Rio.
"Ele me procurou dizendo que não poderia cumprir o contrato porque o seu sócio argentino não tinha dinheiro. Depois ele afirmou que não tinha interesse no cumprimento do contrato porque a instalação das máquinas não lhe daria lucro. Ele só queria explorar a videoloteria. Isto eu não podia deixar."
A proposta de Cachoeira, segundo Waldomiro, era instalar somente no Rio mais de 20 mil máquinas de videoloteria. O ex-assessor da Presidência explicou que na conversa gravada por Cachoeira, na qual ele foi flagrado cobrando propina, na verdade ele estava tratando desta questão contratual e da cobrança dos honorários do seu amigo Armando Dile --morto em dezembro de 2002--, que deixou a Loterj e foi atuar como consultor de Cachoeira e acabou sem receber seus honorários.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice