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29/03/2010 - 15h35

Blogueiro de Obama defende descentralização de campanha política

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RAPHAEL GOMIDE
da Folha de S.Paulo, no Rio

O blogueiro chefe da campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Sam Graham-Felsen, acredita que investir em uma grande base de doadores, dando poder e liberdade à militância de base, tendo a internet como instrumento, são os segredos para uma estratégia bem-sucedida nas eleições presidenciais brasileiras de outubro.

Obama arrecadou US$ 500 milhões pela internet, o que corresponde a dois terços do total doado. Sam Graham-Felsen esteve na semana passada no Fórum Urbano Mundial, no Rio.

"Quanto mais as pessoas estão abertas para envolver a militância, mais transparente e interativa a campanha. Sempre rende dividendos. A maneira tradicional é ir atrás da elite, poucos doadores dando muito dinheiro. Provamos que construindo relacionamento com uma maior base, tivemos uma lista de emails de 13 milhões de pessoas e 3 milhões de doadores. Mesmo que deem só US$ 5, ou US$ 10, somou US$ 500 milhões", disse.

Para ele, se a campanha tiver uma ideia ou slogan que represente os anseios da população --caso de "mudança", nos EUA--, não é preciso ter o carisma de um Obama ou Lula para conseguir mobilizar as pessoas em prol da candidatura.

Até quarta-feira, Graham-Felsen disse não ter sido contactado por nenhum partido político brasileiro para auxiliar na corrida eleitoral.

O blogueiro sugeriu que candidatos não temam descentralizar a campanha, deixando-a por conta de seus apoiadores informais, liberando a criação de blogs, sites e o uso de twitter pelos colaboradores. Segundo ele, o eventual prejuízo por declarações e ações equivocadas e polêmicas é facilmente neutralizado, e o benefício supera com folga os riscos.

Uma forma de coordenar as pessoas, disse, é dar orientações precisas, com pedidos de ações, como ligar para pessoas ou visitar vizinhos, para que a campanha não se restrinja a palavras.

"Passamos a maior parte da campanha não falando sobre Obama, mas falando em inspirar pessoas comuns que acreditavam em uma mudança possível. Quanto menos os candidatos focarem em si e mais nas pessoas, melhor", afirmou.

 

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