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15/08/2005 - 11h51

Cristovam Buarque volta atrás e decide deixar hoje o PT

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O senador Cristovam Buarque (DF) voltou atrás e decidiu fazer nesta segunda-feira o seu discurso de despedida do PT. Ele havia anunciado que só deixaria o partido amanhã, porque hoje ele falaria apenas sobre Miguel Arraes, presidente nacional do PSB, que morreu no sábado.

Segundo a assessoria do senador, ele subirá à tribuna do Senado nesta tarde para fazer um elogio a Arraes e para se despedir do PT.

Sérgio Lima/Folha Imagem
O senador Cristovam Buarque deixa hoje o PT
O senador Cristovam Buarque deixa hoje o PT
Esse é o primeiro petista que deixa a legenda após as denúncias do suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares da base em troca de apoio político, o chamado "mensalão".

A expectativa é de que Cristovam Buarque fique um tempo sem partido, para depois se filiar ao PPS, presidido pelo deputado Roberto Freire (PE).

Cristovam, que foi governador do Distrito Federal pelo PT e Ministro da Educação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nunca teve um bom relacionamento com o ex-ministro da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP).

Seus atritos com o chamado núcleo duro do partido e a incapacidade deste de impedir Cristovam de fazer críticas ao governo levaram o presidente Lula a demiti-lo do cargo de ministro por telefone, enquanto ele estava de férias na Europa.

Apesar de fazer críticas ao governo, Cristovam não é integrante da ala esquerda do partido. Em Brasília, sofreu resistência justamente desta ala. Ex-reitor da Universidade de Brasília, Cristovam sempre teve uma postura mais independente dentro do PT.

A "gota d'água" para seu desligamento do partido foi o discurso do presidente Lula na última sexta-feira, quando pela primeira vez o presidente falou diretamente sobre a crise política.

Segundo Cristovam, o pronunciamento feito pelo presidente o deixou "frustrado, angustiado e bastante preocupado" com os rumos do país. De acordo com o senador, a fala de Lula não apresentou a "dimensão histórica" que o momento exige e não esclareceu suficientemente as denúncias de irregularidades que provocaram a atual crise política.

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