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Presidente da Apeoesp defende greve e diz que fim do protesto daria vitória a Serra
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MARIANA PASTORE
colaboração para a Folha Online
A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), Maria Izabel Noronha, a Bebel, pediu nesta quarta-feira aos professores durante assembleia da categoria que eles mantenham a greve. Segundo ela, o fim do protesto representaria uma vitória ao ex-governador de São Paulo e pré-candidato tucano à Presidência, José Serra.
Servidores públicos realizam hoje uma manifestação na avenida Paulista, batizada de "bota-fora" de Serra. O ato, segundo a Apeoesp, reúne 40 mil pessoas. A categoria marcou uma nova assembleia para a próxima quinta-feira (8), na Praça da República.
Diretora do sindicato, Nilcéia Vitorino acusou o governo de distribuir livros pornográficos, homofóbicos e racistas nas escolas. Ela disse ainda que a imprensa desqualifica o movimento dizendo que a greve é um movimento eleitoreiro.
Roberto Guido, também da Apeoesp, disse que o governo de São Paulo se diz preocupado com as escolas, mas não tem laboratórios, bibliotecas nem funcionários, e que o Executivo critica o movimento porque "colocamos o dedo na ferida e mostramos o que o governador faz, ou melhor, o que não faz".
Segundo ele, a greve não prejudica os estudantes. "Quem prejudica os estudantes é a política tucana há mais de 16 anos no governo."
O vereador José Olímpio (PP), por sua vez, afirmou que, hoje, São Paulo está se livrando da "mancha negra" chamada José Serra. "José erra na educação, erra na saúde, erra na segurança. Vamos mostrar que merecemos dignidade já."
O tucano deixou nesta quarta o governo para disputar as eleições.
Justiça
O PSDB e DEM ajuizaram ontem uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a Apeoesp e sua presidente, por uso de estrutura sindical em contrapropaganda eleitoral.
Conforme antecipado anteontem, o PSDB pede que a Apeoesp e sua dirigente sejam multados em R$ 25 mil por uso eleitoral de palanques para coordenar a greve.
O motivo da representação foi um protesto realizado na semana passada nas imediações do Palácio dos Bandeirantes. No protesto, Bebel --como a sindicalista é conhecida-- disse que Serra não seria eleito presidente.
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