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22/08/2005 - 09h30

Lula diz que resposta de Palocci mostrou a segurança de um inocente

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da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", transmitido pela Radiobrás, que ficou satisfeito com a entrevista coletiva concedida ontem pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

O ministro respondeu às denúncias feitas pelo ex-assessor Rogério Buratti de que recebia R$ 50 mil por mês da empreiteira Leão Leão, prestadora de serviço de coleta de lixo de Ribeirão Preto, quando era prefeito da cidade.

Para Lula, Palocci demonstrou que é inocente e que a política econômica não vai mudar. "Eu acho que a resposta de Palocci mostrou a segurança de uma pessoa inocente, a segurança de um homem que sabe que não vai permitir, em hipótese alguma, que a economia brasileira sofra qualquer abalo. Eu acho que o Palocci deu a resposta que o Brasil precisava ouvir. Acho que ele mostrou a tranqüilidade de um homem que sabe o que quer e, portanto, nós vamos tocar o barco."

O presidente reafirmou que o governo, a Polícia Federal e o Ministério Público vão investigar todas as denúncias de corrupção. "O governo vai facilitar as apurações, até porque essa crise é prolongada. A CPI está prevista para terminar no dia 15 de outubro e depois o processo vai para o Ministério Público, vai para o Poder Judiciário. Então, nós temos apenas que ter paciência e saber que o Brasil tem que ser tocado dia-a-dia", afirmou.

Medidas populistas

Lula disse que não adotará medidas populistas por causa da crise política. Ele citou como exemplo a articulação feita pela base aliada que reverteu a decisão dos senadores de aumentar para R$ 384 o valor do salário mínimo.

"As pessoas me ligam: 'Presidente, o Senado aprovou R$ 384 e por que o senhor não deixa R$ 384? Está numa crise política'. E eu respondo: 'Por uma questão de responsabilidade, ou seja, o país não comportaria, a Previdência não comportaria. Graças a Deus, a Câmara fez o que tinha que ser feito e voltou o salário mínimo para R$ 300'. Outro fala: 'Por que não baixa os juros?' Porque não é tarefa do presidente baixar os juros. É tarefa do Banco Central", disse.

Lula destacou que vai trabalhar para a consolidação da economia até o final do governo. "Eu tenho mais um ano e pouco de mandato e quero trabalhar de forma incansável para que a economia brasileira cresça definitivamente de forma sustentável e que o povo brasileiro possa ter certeza de que o Brasil entrou no rol dos países responsáveis, dos países que estão crescendo e dos países que estão fazendo justiça social. Esse é o meu objetivo e com essa determinação eu me deito todo dia e me levanto todo dia."

"Nós estamos tratando a economia brasileira pensando num futuro promissor para o Brasil, para os próximos dez ou 15 anos. Se a economia estiver sólida, os fundamentos estiverem sólidos e a economia estiver crescendo, gerando riqueza, gerando empregos, tudo vai ser melhor para o povo brasileiro", reiterou.

Viajando pelo Brasil

O presidente Lula afirmou que continuará viajando pelo Brasil. Segundo ele, a função de um presidente da República é administrar o país e inaugurar as obras feitas pelo governo.

"Esta semana eu vou continuar viajando. Eu acho que nós temos que distribuir tarefas, ou seja, eu tenho que fazer o que um presidente tem que fazer: administrar o país e viajar para inaugurar as obras que nós já realizamos. Os ministros têm que cuidar dos seus ministérios e continuar fazendo as políticas que têm que fazer. O Congresso tem que legislar e, ao mesmo tempo, trabalhar com serenidade para apurar as denúncias que vão aparecendo nas CPIs."

Lula garantiu que o governo não deixará a crise política afetar o bom desempenho da economia. "Nós estamos pensando no futuro deste país e vamos trabalhar com muita tranqüilidade e com muita serenidade para que o Brasil não permita que a crise política mexa na economia, cause qualquer problema ao processo de crescimento que estamos tendo. Eu acho que os números são muito promissores. Eu acho que os números da economia me dão a garantia de que estamos no caminho certo."

Com Agência Brasil

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