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06/04/2010 - 11h11

Dono de empresa suspeita de pagar propina no DF fica calado em depoimento

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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Protegido por um habeas corpus concedido pela Justiça do Distrito Federal, o empresário Gilberto Lucena permaneceu em silêncio nesta terça-feira durante depoimento da CPI da Corrupção da Câmara Legislativa. Lucena é proprietário da empresa de informática Linknet suspeita de irrigar o esquema de arrecadação e pagamento de propina investigado no governo Arruda.

Segundo dados da CPI, entre 2005 e 2010, a Linknet fechou contratos com o GDF (Governo do Distrito Federal) que somaram R$ 500 milhões.

A empresa e Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e delator do esquema de corrupção, foram acionados pelo Ministério Público em nove ações na Justiça Federal por suspeita de desvio de recursos públicos.

Lucena aparece em um dos vídeos gravados por Durval questionando o valor cobrado da propina. "É duro mais que 4% ou 5%", disse.

Segundo investigações do Ministério Público, as empresas são acusadas de terem firmado contratos superfaturados com o governo para desviar recursos públicos que acabaram sendo utilizados para financiar suposta propina a aliados do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido).

A CPI não deve realizar, por enquanto, nenhum novo depoimento presencial de suspeitos ou de testemunhas do esquema de corrupção. Ficou definido que as perguntas serão encaminhadas aos convocados e devem ser respondidas por escritos para a comissão.

Devem responder à CPI Antônio Ricardo Pechis (Adler), Maria Cristina Bonner (TBA), Avaldir da Silva Oliveira (CTIS) e Nerci Soares Bussamra (UniRepro), que terão dez dias para enviar o documento.

Segundo reportagem da Folha publicada em março, Nerci confirmou em depoimento à Polícia Federal que pagou propina ao governo Arruda para ter parte do pagamento de contratos que estavam em atraso liberada.

 

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