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23/08/2005 - 15h36

Buratti desaparece e preocupa CPI dos Bingos

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ROSE ANE SILVEIRA
LÚCIA BAKOS
da Folha Online

A CPI dos Bingos procura nesta segunda-feira o advogado e ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quando ele ainda era prefeito de Ribeirão Preto (SP), Rogério Tadeu Buratti. A informação foi confirmada pelo senador Leonel Pavan (PSDB-SC).

"Queremos uma explicação da Polícia Federal. Como um homem que estava preso e deu tantas declarações contra um ministro de Estado é solto e não fica sob vigilância? Precisamos de uma explicação", afirmou Pavan. Buratti foi reconvocado para depor na CPI dos Bingos nesta quarta-feira e, segundo a comissão, ele estaria desaparecido desde a manhã de hoje.

Sérgio Lima/Folha Imagem
O advogado e ex-assessor de Palocci, Rogério Buratti
O advogado e ex-assessor de Palocci, Rogério Buratti
Entretanto, a assessoria de imprensa da PF, em Brasília, afirma que os dois delegados que acompanham os depoimentos --Fernando Aires, da Corregedoria, e Nilton Siqueira, presidente do inquérito do caso Waldomiro Diniz-- "não receberam nenhuma solicitação formal da comissão para que a polícia procurasse pelo advogado".

Buratti foi preso na última quarta-feira acusado de crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documento, mas, na sexta-feira, negociou o benefício da delação premiada, prestou depoimento e foi liberado.

Durante o interrogatório divulgado pelo promotor Sebastião Sérgio da Silveira, do Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), Buratti afirmou ao Ministério Público paulista que Palocci recebeu, entre os anos de 2001 e 2002, R$ 50 mil por mês para favorecer a empresa coletora de lixo Leão Leão em licitações da prefeitura da cidade.

O dinheiro pago a Palocci, segundo Buratti, seria depois repassado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que já admite ter montado um esquema de caixa dois para financiar campanhas políticas do partido.

Em entrevista coletiva neste domingo, o ministro negou as denúncias e disse que o contrato com a Leão Leão foi feito um ou dois anos antes de seu governo. Ele disse ainda que não recebeu e não autorizou que recebessem recursos para o diretório do PT ou para outras instâncias do partido durante seu período na prefeitura ou qualquer outro período.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Rogério Tadeu Buratti
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