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25/08/2005 - 16h23

Buratti diz acreditar que Palocci sabia das negociações entre Gtech e CEF

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O advogado Rogério Tadeu Buratti afirmou, em depoimento à CPI dos Bingos, acreditar que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, sabia das negociações entre a Gtech e a Caixa Econômica Federal.

O advogado confirmou que manteve encontros com representantes da Multinacional Gtech, que detém o monopólio na exploração da concessão das loterias da Caixa. Segundo Buratti, ele compareceu aos encontros a mando de Ralf Barquete Santos, outro ex-assessor de Palocci, morto em 2004.

Lula Marques/Folha Imagem
O advogado Rogério Tadeu Buratti
O advogado Rogério Tadeu Buratti
"Acredito que o ministro sabia das negociações a partir do momento que a Gtech procurou a Caixa e avisou que queria um contato com o Ministério da Fazenda e eles lhe indicaram o Ralf. Ele me procurou e pediu para eu me encontrar com o pessoal da Gtech. Eu fui, recebi a proposta, transmiti e recebi a resposta negativa de volta. A informação era de que o Ministério não iria interferir na renovação do contrato."

O advogado informou que não foi ele quem cobrou propina da Gtech, mas sim o contrário ele recebeu uma proposta de pagamento de propina, que variava de R$ 500 mil a R$ 15 milhões, para que negociasse e garantisse a renovação do contrato entre a Gtech e a CEF.

Depoimento

Buratti confirmou à CPI dos Bingos o depoimento prestado na última sexta-feira, em Ribeirão Preto. Na ocasião, Buratti afirmou que a empresa Leão Leão, da área de coleta de lixo, pagava R$ 50 mil por mês em propina em 2001 e 2002 à Prefeitura de Ribeirão Preto, à época administrada pelo ministro Antonio Palocci.

"Confirmo integralmente o depoimento que prestei ao Ministério Público. Eu falei do que vi e ouvi", disse. Buratti foi assessor do ministro da Fazenda Antonio Palocci durante a gestão do petista na prefeitura de Ribeirão Preto (1993-1997), mas foi exonerado em 1994 devido a suspeitas de corrupção.

O advogado disse que não é exatamente amigo de Palocci, observando que para ser amigo é necessário um relacionamento mais profundo. Mas, segundo ele, tem respeito pelo ministro, ressaltando, no entanto, que tem o compromisso de falar a verdade, ao justificar seu depoimento ao Ministério Público.

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