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31/08/2005
-
18h58
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), anunciou nesta quarta-feira que colocará em votação, após o feriado do dia 7 de setembro, o requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para depor na CPI.
"O ministro virá com certeza após a Semana da Pátria se os membros da CPI aprovarem o requerimento. O requerimento será colocado em votação depois do feriado", afirmou Efraim.
Na avaliação de vários integrantes da CPI dos Bingos, o depoimento do chefe de gabinete do ministério da Fazenda, Juscelino Dourado foi improdutivo. O assessor de Palocci negou todas as acusações feitas ao ministro da Fazenda e também que Palocci tenha conhecimento de fatos importantes, como as negociações do contrato entre a CEF (Caixa Econômica Federal) e a Gtech.
Para o presidente da CPI há uma blindagem na figura do ministro Palocci. Segundo Efraim, tanto Dourado, quanto o advogado Rogério Tadeu Buratti protegeram a pessoa do ministro durante seus depoimentos à CPI.
Buratti é o autor da denúncia da existência de um caixa dois na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), no valor de R$ 50 mil por mês, pagos pela empresa Leão Leão, que venceu a licitação para exploração dos serviços de limpeza urbana na cidade.
"O Buratti blindou o ministro, a não ser naquela declaração que ele reiterou de pessoas ligadas ao ministro blindando o Buratti. Há uma proteção mútua. Nós entendemos que esta proteção tem que ser retirada. Toda esta blindagem vai cair no momento em que toda a documentação chegar e nós comprovarmos que realmente existe mentira de todos os lados."
Gtech
O senador petista Tião Viana (AC) foi o único parlamentar a se mostrar satisfeito com o depoimento de Dourado. Para ele, não há necessidade da convocação do ministro da Fazenda na CPI. "Já foi tudo esclarecido. Está mais do que claro que o ministro Palocci não tinha conhecimento das negociações com a Gtech, nem do caso Leão Leão. Esta é uma questão superada", disse.
De acordo com a avaliação dos senadores da oposição e também do presidente da CPI, o que causou maior estranheza, até o momento, no depoimento de Dourado, foi o fato dele afirmar que a renovação do contrato da Gtech nunca foi tratada com o ministro Palocci. "O assunto Gtech jamais foi tratado no gabinete do ministro da Fazenda", assegurou Dourado.
"O contrato da Gtech é o maior contrato firmado pela Caixa com uma empresa privada. Então, consequentemente entendo que se a CEF está subordinada ao Ministério da Fazenda, teria que ter conhecimento do ministro todos estes contratos que passam pela CEF", afirmou Efraim.
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PSOL-AC) também afirmou achar muito estranha esta afirmação de Dourado sobre a Gtech. "Eu pergunto como um contrato deste valor não é levado ao conhecimento do ministro da Fazenda?"
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Juscelino Dourado
Leia o que já foi publicado sobre Antonio Palocci
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
CPI dos Bingos votará convocação de Palocci depois de 7 de setembro
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), anunciou nesta quarta-feira que colocará em votação, após o feriado do dia 7 de setembro, o requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para depor na CPI.
"O ministro virá com certeza após a Semana da Pátria se os membros da CPI aprovarem o requerimento. O requerimento será colocado em votação depois do feriado", afirmou Efraim.
Na avaliação de vários integrantes da CPI dos Bingos, o depoimento do chefe de gabinete do ministério da Fazenda, Juscelino Dourado foi improdutivo. O assessor de Palocci negou todas as acusações feitas ao ministro da Fazenda e também que Palocci tenha conhecimento de fatos importantes, como as negociações do contrato entre a CEF (Caixa Econômica Federal) e a Gtech.
Para o presidente da CPI há uma blindagem na figura do ministro Palocci. Segundo Efraim, tanto Dourado, quanto o advogado Rogério Tadeu Buratti protegeram a pessoa do ministro durante seus depoimentos à CPI.
Buratti é o autor da denúncia da existência de um caixa dois na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), no valor de R$ 50 mil por mês, pagos pela empresa Leão Leão, que venceu a licitação para exploração dos serviços de limpeza urbana na cidade.
"O Buratti blindou o ministro, a não ser naquela declaração que ele reiterou de pessoas ligadas ao ministro blindando o Buratti. Há uma proteção mútua. Nós entendemos que esta proteção tem que ser retirada. Toda esta blindagem vai cair no momento em que toda a documentação chegar e nós comprovarmos que realmente existe mentira de todos os lados."
Gtech
O senador petista Tião Viana (AC) foi o único parlamentar a se mostrar satisfeito com o depoimento de Dourado. Para ele, não há necessidade da convocação do ministro da Fazenda na CPI. "Já foi tudo esclarecido. Está mais do que claro que o ministro Palocci não tinha conhecimento das negociações com a Gtech, nem do caso Leão Leão. Esta é uma questão superada", disse.
De acordo com a avaliação dos senadores da oposição e também do presidente da CPI, o que causou maior estranheza, até o momento, no depoimento de Dourado, foi o fato dele afirmar que a renovação do contrato da Gtech nunca foi tratada com o ministro Palocci. "O assunto Gtech jamais foi tratado no gabinete do ministro da Fazenda", assegurou Dourado.
"O contrato da Gtech é o maior contrato firmado pela Caixa com uma empresa privada. Então, consequentemente entendo que se a CEF está subordinada ao Ministério da Fazenda, teria que ter conhecimento do ministro todos estes contratos que passam pela CEF", afirmou Efraim.
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PSOL-AC) também afirmou achar muito estranha esta afirmação de Dourado sobre a Gtech. "Eu pergunto como um contrato deste valor não é levado ao conhecimento do ministro da Fazenda?"
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