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12/04/2010 - 16h40

Juiz mantém prisão do "aloprado" Valdebran Padilha por fraude em licitações

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da Reportagem Local

O juiz José Pires da Cunha, da Justiça Federal de Mato Grosso, determinou ontem a prorrogação da prisão de 26 pessoas detidas na Operação Hygeia, da Polícia Federal. A operação, deflagrada na quarta-feira em cinco Estado, investiga suposto esquema de fraude em licitações e obras que podem ter desviado até R$ 200 milhões dos cofres públicos.

Um dos detidos é o "aloprado" Valdebran Padilha, que é dono de uma empreiteira no interior de Mato Grosso. Valdebran ficou conhecido nacionalmente em 2006, quando foi preso pela PF num quarto de hotel com o então assessor da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gedimar Passos. Na ocasião, eles disseram que se encontraram para negociar um dossiê contra tucanos.

Durante a operação, foram expedidos 76 mandados de busca e apreensão e 35 de prisão temporária --sendo 17 deles contra servidores públicos.

O juiz prorrogou as prisões feitas em MT ontem, porque a validade dos mandatos de prisão terminava ontem. A prorrogação vale por cinco dias. Uma das acusadas foi solta.

"Verifica-se que há fortes indícios da existência de uma organização criminosa, a qual efetuava desvios de recursos do orçamento da Funasa (Fundação Nacional de Saúde)", afirma o juiz na decisão.

Segundo a PF, as quadrilhas atuavam em núcleos independentes dentro de prefeituras e também na superintendência da Funasa.

As fraudes --que vão de obras de engenharia ao atendimento à saúde indígena-- foram detectadas por auditorias da CGU (Controladoria Geral da União).

Os envolvidos deverão ser indiciados por formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação, entre outros crimes.

Outro lado

O advogado Roger Fernandes, que representa os irmãos Valdebran e Waldemir Padilha, também preso na operação, afirmou que a prisão de ambos é "desnecessária". "Eles estão colaborando com a investigação", disse.

Para o advogado, a prisão provisória de Valdebran não deveria ter acontecido por ele ser "engenheiro de residência fixa com toda a família em Cuiabá". Ele afirmou que a liberdade de seu cliente não compromete as investigações.

Fernandes analisa a possibilidade de recorrer ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília, com um habeas corpus. "O objetivo dessa investigação já chegou ao fim", disse.

O advogado disse que Valdebran manteve a mesma postura no caso do dossiê, colaborando com as investigações. Sobre Waldemir Padilha, ele afirmou que o seu cliente manteve a mesma posição. "Não tivemos acessos à integridade do inquérito", disse.

 

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