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01/09/2005 - 15h34

Votação unânime surpreende integrantes do Conselho de Ética

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

A decisão por unanimidade do Conselho de Ética de pedir a cassação do mandato do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) provocou a surpresa de integrantes do Conselho e até mesmo do seu presidente, deputado Ricardo Izar (PTB-SP). "Para mim foi uma surpresa os 14 a zero. Geralmente isto não acontece", disse Izar.

O relator do processo, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), não quis comentar o resultado da votação e afirmou que não poderia prever qual seria o placar.

Apesar do apoio integral revertido em votos, o parecer de Carneiro provocou críticas. Os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) chegaram a apoiar a tese da defesa de que não houve abuso da imunidade parlamentar por parte de Jefferson ao fazer as denúncias da existência do esquema do "mensalão".

Para Fruet, a cassação de Jefferson se justificou porque Jefferson confessou ter R$ 4 milhões não contabilizados em repasses do PT. Já o deputado Josias Quintas (PMDB-RJ) disse que, embora o parece estivesse com problemas, "estava impossibilitado eticamente de não pedir a cassação".

Cronograma

Após a votação do parecer do relator, a reunião do Conselho de Ética foi suspensa e a seguir retomada para a aprovação da ata da sessão desta quinta-feira. Com isso, Izar pretende ganhar tempo para que o pedido de cassação de Jefferson possa estar pronto para ser votado em plenário já na próxima semana.

"A Mesa vai ter duas sessões ordinárias para encaminhar ao plenário. Como hoje é quinta-feira, vamos encaminhar amanhã e teremos segunda e terça-feira. Na quarta-feira tem o feriado de sete de setembro e a seguir a Mesa já pode colocar em votação no plenário."

Segundo Izar, a votação no plenário será secreta e por maioria absoluta. Isto é, 257 votos ou metade mais um dos integrantes da Câmara, que é composta por 513 deputados. Izar não quis fazer previsões sobre como será o resultado da votação em plenário e disse que o resultado de hoje não pode ser tomado como um indicativo.

"No plenário, nós não podemos dizer porque o voto é secreto, um voto amplo, mais de 500 deputados que vão votar e para cassar o mandato do deputado Roberto Jefferson são necessários 257 votos a favor da cassação. No plenário, Roberto Jefferson vai ter amplo direito de defesa novamente, assim como nosso relator vai poder defender seu parecer. Eu acho que o plenário é um outro processo, completamente diferente daqui do Conselho de Ética", disse Izar.

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