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02/09/2005 - 20h01

Severino nega propina e aciona PF por suposta extorsão

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), desmentiu nesta sexta-feira boatos de que teria recebido propina de Sebastião Augusto Buani, proprietário da Buani e Paulucci, empresa que administra o restaurante do 10º andar do anexo 4 da Câmara dos Deputados.

Em nota, o presidente da Câmara acusou Buani de tentativa de extorsão e informou que pediu para a Polícia Federal investigar o caso.

Durante todo o dia de hoje, circularam em Brasília boatos de que as revistas semanais trariam na edição deste final de semana reportagem com denúncias envolvendo Severino em um suposto esquema de recebimento de propina em troca do perdão de uma dívida de R$ 150 mil e da renovação do contrato da empresa com a Casa.

Segundo o diretor-geral da Câmara, Sergio Sampaio, Buani deve à Casa R$ 150 mil, valor referente a aluguéis atrasados desde dezembro mais multa. A direção da Casa havia determinado que a dívida deveria ser quitada até hoje. Como não houve o pagamento, Buani ficará sujeito a ser executado e seu contrato será suspenso no dia 14 de setembro.

Sendo executada a dívida, a Casa deverá procurar a segunda colocada para saber se haverá interesse em assumir o serviço. O contrato da Câmara começou em setembro do ano passado e poderia ser renovado por mais um ano neste mês.

Leia íntegra a nota:

"O prazo do contrato do senhor Sebastião Augusto Buani, proprietário da Buani e Paulucci, que administra o restaurante do 10º andar, do anexo 4 da Câmara dos Deputados terminará impreterivelmente no dia 14 de setembro.

O senhor Buani está devendo à Câmara dos Deputados a quantia de aproximadamente R$ 150 mil por inadimplência contratual. A dívida será executada. Por isso, [ele] vem tentando nos últimos dias fazer pressão sobre a direção da casa a fim de que a dívida não seja executada e o contrato renovado.

Frustrado em suas pretensões, procurou revistas semanais para tentar vender histórias sem fundamento entre as quais a de que beneficiava o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, com pagamento em dinheiro.

O senhor Buani mente descaradamente para obter favores aproveitando-se da situação com mais denúncias sem fundamento. Ele afirmou ter em seu poder um documento assinado pelo presidente da Câmara e que lhe asseguraria cinco anos de contrato. Tal documento não consta de qualquer processo da Câmara dos Deputados e não se sabe como foi obtido pelo senhor Buani. De qualquer maneira, não tem validade jurídica, já que os contratos da Casa são renovados anualmente.

O presidente da Câmara solicitou ao senhor ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos providências no sentido de apurar a tentativa de extorsão. O senhor ministro da Justiça já determinou à Polícia Federal que investigue as denúncias.

O presidente Severino Cavalcanti repele com indignação as aleivosias do senhor Buani e determina que o senhor diretor-geral da Casa preste todos os esclarecimentos necessários à imprensa sobre os contratos em questão. Nenhuma só dúvida deverá ficar sem resposta. A administração da Câmara é transparente. Não tem nada a esconder nem à imprensa nem à opinião pública.

A gestão da Mesa Diretora da Câmara, presidida pelo deputado Severino Cavalcanti, está sendo marcada pela austeridade nos gastos. Os dados mostram que foram economizados cerca de R$ 120 milhões. Um dos contratos que esta Mesa decidiu não mais executar é do da agência de publicidade SMPB. Apenas com esse contrato serão economizados quase R$ 10 milhões este ano. A atual Mesa Diretora gastou apenas R$ 50 mil deste total e já decidiu pela rescisão do contrato."

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