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06/09/2005
-
05h17
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ajuda ontem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar evitar que Severino Cavalcanti (PP-PE) venha a deixar a presidência da Câmara.
Lula teme perder um político que atua ao seu lado na crise e que se mantém como um dos poucos interlocutores "confiáveis" do governo no Legislativo.
O ministro Jaques Wagner (Relações Institucionais) recebeu orientação de Lula para atuar a favor de Severino no Congresso, dizendo aos aliados do Palácio do Planalto que o presidente da República é contrário à saída de Severino, pedida ontem por quatro partidos de oposição.
Esse pedido foi feito após reportagens publicadas no final de semana pelas revistas "Veja" e "Época" segundo as quais Severino teria supostamente recebido um "mensalinho"de R$ 10 mil do concessionário de um restaurante da Câmara. Em nota na sexta-feira, Severino negou. Ontem, o concessionário do restaurante negou que tenha pago propina.
Ao longo do dia, Wagner procurou dirigentes petistas e aliados para dizer que não aderissem às críticas a Severino. De tarde, Lula falou diretamente com Renan, demonstrando preocupação com o futuro de Severino.
Para o governo, uma eventual saída de Severino, temporária ou permanente, abriria espaço para a oposição assumir o controle da presidência da Câmara, a posição mais importante e estratégica na Casa. Suas decisões interferem no andamento da crise política.
A eleição de Severino para a presidência da Câmara em fevereiro passado foi uma derrota do governo --dois candidatos petistas perderam a eleição.
Após meses de relação instável, ora boa, ora ruim, Lula atraiu Severino em definitivo em julho quando o presidente da Câmara indicou Márcio Fortes para ministro das Cidades.
Desde então, Severino tem sido um fiel aliado do Planalto. Foi, por exemplo, uma das vozes contrárias a um possível impeachment de Lula quando a oposição aventou essa possibilidade.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Severino Cavalcanti
Planalto se articula para barrar queda de Severino
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da Folha de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ajuda ontem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar evitar que Severino Cavalcanti (PP-PE) venha a deixar a presidência da Câmara.
Lula teme perder um político que atua ao seu lado na crise e que se mantém como um dos poucos interlocutores "confiáveis" do governo no Legislativo.
O ministro Jaques Wagner (Relações Institucionais) recebeu orientação de Lula para atuar a favor de Severino no Congresso, dizendo aos aliados do Palácio do Planalto que o presidente da República é contrário à saída de Severino, pedida ontem por quatro partidos de oposição.
Esse pedido foi feito após reportagens publicadas no final de semana pelas revistas "Veja" e "Época" segundo as quais Severino teria supostamente recebido um "mensalinho"de R$ 10 mil do concessionário de um restaurante da Câmara. Em nota na sexta-feira, Severino negou. Ontem, o concessionário do restaurante negou que tenha pago propina.
Ao longo do dia, Wagner procurou dirigentes petistas e aliados para dizer que não aderissem às críticas a Severino. De tarde, Lula falou diretamente com Renan, demonstrando preocupação com o futuro de Severino.
Para o governo, uma eventual saída de Severino, temporária ou permanente, abriria espaço para a oposição assumir o controle da presidência da Câmara, a posição mais importante e estratégica na Casa. Suas decisões interferem no andamento da crise política.
A eleição de Severino para a presidência da Câmara em fevereiro passado foi uma derrota do governo --dois candidatos petistas perderam a eleição.
Após meses de relação instável, ora boa, ora ruim, Lula atraiu Severino em definitivo em julho quando o presidente da Câmara indicou Márcio Fortes para ministro das Cidades.
Desde então, Severino tem sido um fiel aliado do Planalto. Foi, por exemplo, uma das vozes contrárias a um possível impeachment de Lula quando a oposição aventou essa possibilidade.
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