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07/09/2005
-
20h21
da Folha Online
Confira abaixo a íntegra do pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cadeia de rádio e Televisão.
"Meus amigos e minhas amigas,
Sete de setembro é dia de emoção e reflexão. Neste dia, 183 anos atrás, começamos a nos tornar uma nação independente, marco histórico de uma luta iniciada bem antes e que continua até hoje.
Sim, porque a luta pela independência continuará enquanto houver um só interesse nacional a defender e um único brasileiro a ser libertado da miséria. No dia da Pátria, quero refletir com cada um de vocês sobre a extraordinária capacidade que temos, povo e governo, de enfrentar e superar desafios.
Se há uma característica marcante do povo brasileiro é a de lutar contra a adversidade e vencê-la. O diferencial do meu governo é justamente este, o de não recuar diante dos obstáculos, por maiores que sejam e superá-los. Foi assim desde o início.
Todos sabem que, quando eu assumi a Presidência, o Brasil estava mergulhado em uma profunda crise econômica e social. O quadro era assustador: a economia estagnada, o desemprego crescendo, a inflação disparando e a crise social prestes a explodir.
Muitos não acreditavam que eu fosse conseguir. Hoje, 32 meses depois, cada um de vocês é testemunha: vencemos a crise econômica e recolocamos o país nos trilhos.
Juntos, governo e povo, fizemos o Brasil voltar a crescer de modo sustentado. Os resultados estão aí, à vista de todos.
A economia cresce, a indústria cresce, o comércio cresce, as exportações crescem, o emprego cresce, o salário cresce, cresce a transferência de renda para os pobres, a inflação cai, o custo da cesta básica também cai.
Dessa vez, o crescimento é para todos, com geração de empregos e distribuição de renda. Graças a Deus, e a muito trabalho, nosso governo já criou 3 milhões e 200 mil novos empregos, com carteira assinada. Não é tudo que precisamos. Mas já é bastante e tenho orgulho disso.
O Brasil entrou definitivamente na rota do desenvolvimento. E nada nos desviará desse caminho. A dívida social teria desanimado quem não estivesse, como eu, habituado a enfrentar dificuldades. Mas pusemos mãos à obra, implantamos programas sociais inovadores, passamos a enxergar e a cuidar dos pobres deste país. Ainda temos muito o que fazer, mas os resultados já estão aparecendo.
O Brasil está mudando para melhor. E mudará cada vez mais, porque foi para isso que viemos, para juntar o econômico com o social, para juntar os números da economia com a qualidade de vida das pessoas. E estamos semeando o futuro, investindo fortemente na educação e na infra-estrutura.
Hoje, podemos dizer com humildade, mas com o sentimento do dever cumprido: o Brasil está se tornando um país cada vez mais produtivo e solidário.
Permitam-me nesse dia da Pátria, dia da soberania nacional, celebrar com vocês uma grande conquista: este ano alcançaremos a nossa auto-suficiência na produção de petróleo, que tornará o Brasil muito menos vulnerável diante das crises internacionais.
Por isso, digo a vocês com toda a convicção: da mesma forma que soubemos vencer o desafio da crise econômica, e estamos vencendo o desafio da dívida social, saberemos superar com coragem e serenidade as atuais turbulências políticas.
A crise política também será vencida, pelo Congresso, pelo governo e pelo povo brasileiro. Será vencida com a apuração cabal de todas as denúncias e com a punição rigorosa dos culpados. Nem eu nem vocês admitiremos qualquer contemporização, nenhum acordo subalterno. Doa a quem doer, sejam amigos ou adversários.
O fundamental é que a verdade prevaleça e que não haja impunidade. Que as CPIs apurem, que a Polícia Federal investigue, que o Ministério Público denuncie, e que a justiça, soberana, julgue.
O que não podemos, de modo algum, é permitir que essa crise política seja manipulada por interesses menores e se alastre artificialmente, contaminando de modo abusivo e desnecessário a vida nacional.
Por isso, faço questão de tranqüilizar as pessoas de bem, e advertir aos mal intencionados, que as turbulências políticas não vão tirar o governo do seu rumo.
A política econômica será mantida, a política social continuará sendo ampliada, a política externa seguirá seu curso e a vigilância ética será redobrada.
É preciso separar o joio do trigo para que possamos punir quem deve ser punido, inocentar quem deve ser inocentado, corrigir o que deve ser corrigido e seguir em frente, construindo um país mais transparente, com nossa democracia fortalecida. Porque o Brasil é maior, muito maior do que tudo isso. E não podemos perder as oportunidades econômicas e sociais que nós mesmos construímos, à custa de muito sacrifício.
Conto com cada um de vocês para que o país continue a crescer, a gerar empregos e a distribuir renda.
Que estejamos todos à altura do país sonhado pelos fundadores da nacionalidade.
Obrigado e boa noite."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o presidente Lula
Leia o que já foi publicado sobre a crise no governo Lula
Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Leia a cobertura completa sobre a CPI do Mensalão
Confira a íntegra do pronunciamento de Lula em cadeia de rádio e TV
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Confira abaixo a íntegra do pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cadeia de rádio e Televisão.
"Meus amigos e minhas amigas,
Sete de setembro é dia de emoção e reflexão. Neste dia, 183 anos atrás, começamos a nos tornar uma nação independente, marco histórico de uma luta iniciada bem antes e que continua até hoje.
Sim, porque a luta pela independência continuará enquanto houver um só interesse nacional a defender e um único brasileiro a ser libertado da miséria. No dia da Pátria, quero refletir com cada um de vocês sobre a extraordinária capacidade que temos, povo e governo, de enfrentar e superar desafios.
Se há uma característica marcante do povo brasileiro é a de lutar contra a adversidade e vencê-la. O diferencial do meu governo é justamente este, o de não recuar diante dos obstáculos, por maiores que sejam e superá-los. Foi assim desde o início.
Todos sabem que, quando eu assumi a Presidência, o Brasil estava mergulhado em uma profunda crise econômica e social. O quadro era assustador: a economia estagnada, o desemprego crescendo, a inflação disparando e a crise social prestes a explodir.
Muitos não acreditavam que eu fosse conseguir. Hoje, 32 meses depois, cada um de vocês é testemunha: vencemos a crise econômica e recolocamos o país nos trilhos.
Juntos, governo e povo, fizemos o Brasil voltar a crescer de modo sustentado. Os resultados estão aí, à vista de todos.
A economia cresce, a indústria cresce, o comércio cresce, as exportações crescem, o emprego cresce, o salário cresce, cresce a transferência de renda para os pobres, a inflação cai, o custo da cesta básica também cai.
Dessa vez, o crescimento é para todos, com geração de empregos e distribuição de renda. Graças a Deus, e a muito trabalho, nosso governo já criou 3 milhões e 200 mil novos empregos, com carteira assinada. Não é tudo que precisamos. Mas já é bastante e tenho orgulho disso.
O Brasil entrou definitivamente na rota do desenvolvimento. E nada nos desviará desse caminho. A dívida social teria desanimado quem não estivesse, como eu, habituado a enfrentar dificuldades. Mas pusemos mãos à obra, implantamos programas sociais inovadores, passamos a enxergar e a cuidar dos pobres deste país. Ainda temos muito o que fazer, mas os resultados já estão aparecendo.
O Brasil está mudando para melhor. E mudará cada vez mais, porque foi para isso que viemos, para juntar o econômico com o social, para juntar os números da economia com a qualidade de vida das pessoas. E estamos semeando o futuro, investindo fortemente na educação e na infra-estrutura.
Hoje, podemos dizer com humildade, mas com o sentimento do dever cumprido: o Brasil está se tornando um país cada vez mais produtivo e solidário.
Permitam-me nesse dia da Pátria, dia da soberania nacional, celebrar com vocês uma grande conquista: este ano alcançaremos a nossa auto-suficiência na produção de petróleo, que tornará o Brasil muito menos vulnerável diante das crises internacionais.
Por isso, digo a vocês com toda a convicção: da mesma forma que soubemos vencer o desafio da crise econômica, e estamos vencendo o desafio da dívida social, saberemos superar com coragem e serenidade as atuais turbulências políticas.
A crise política também será vencida, pelo Congresso, pelo governo e pelo povo brasileiro. Será vencida com a apuração cabal de todas as denúncias e com a punição rigorosa dos culpados. Nem eu nem vocês admitiremos qualquer contemporização, nenhum acordo subalterno. Doa a quem doer, sejam amigos ou adversários.
O fundamental é que a verdade prevaleça e que não haja impunidade. Que as CPIs apurem, que a Polícia Federal investigue, que o Ministério Público denuncie, e que a justiça, soberana, julgue.
O que não podemos, de modo algum, é permitir que essa crise política seja manipulada por interesses menores e se alastre artificialmente, contaminando de modo abusivo e desnecessário a vida nacional.
Por isso, faço questão de tranqüilizar as pessoas de bem, e advertir aos mal intencionados, que as turbulências políticas não vão tirar o governo do seu rumo.
A política econômica será mantida, a política social continuará sendo ampliada, a política externa seguirá seu curso e a vigilância ética será redobrada.
É preciso separar o joio do trigo para que possamos punir quem deve ser punido, inocentar quem deve ser inocentado, corrigir o que deve ser corrigido e seguir em frente, construindo um país mais transparente, com nossa democracia fortalecida. Porque o Brasil é maior, muito maior do que tudo isso. E não podemos perder as oportunidades econômicas e sociais que nós mesmos construímos, à custa de muito sacrifício.
Conto com cada um de vocês para que o país continue a crescer, a gerar empregos e a distribuir renda.
Que estejamos todos à altura do país sonhado pelos fundadores da nacionalidade.
Obrigado e boa noite."
Especial
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