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08/09/2005
-
19h26
da Folha Online
Os deputados da base aliada do governo Luiza Erundina (PSB-SP), Maninha (PT-DF), Wasny de Roure (PT-DF) e André Costa (sem partido-RJ) cobraram nesta quinta-feira uma investigação urgente sobre as denúncias de pagamento de propina ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
Severino é acusado de ter recebido pagamentos de propina --o "mensalinho"--, entre março e novembro de 2003, do empresário Sebastião Augusto Buani, que administra o restaurante Fiorella, do 10º andar do anexo 4 da Câmara, em troca de conceder privilégios para o empresário na exploração do estabelecimento alimentício.
Na sessão de hoje no plenário, Maninha reforçou que as denúncias devem ser apuradas. "O simples afastamento ou licenciamento do presidente Severino não é nenhuma solução. Tudo deve ser apurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que terá condições de identificar se existe ou não culpa", afirmou.
A parlamentar advertiu que algumas soluções que estão sendo apresentadas teriam, na verdade, o objetivo de atingir o governo federal. "No entanto, não podemos usar esse caso como instrumento para uma crise envolvendo outros poderes", disse.
O deputado André Costa defendeu a tese de Maninha de que é necessário ir "devagar com o andor" e também pediu uma investigação.
Explicações
Luiza Erundina solicitou explicações convincentes sobre o caso. "É preciso haver uma versão suficiente para, pelo menos, dar-nos a esperança de que essas denúncias não se confirmem", ressaltou.
Em relação ao deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), também citado nas denúncias, a deputada Erundina informou que a posição do PSB será a de aguardar esclarecimentos.
"Ele tem sido um companheiro que cumpre suas responsabilidades partidárias e seu papel político. Mas, se as denúncias forem confirmadas, o PSB vai aplicar com rigor as providências cabíveis, com base no regimento do partido", avisou.
Já o deputado Wasny de Roure disse que tem apreço por Severino, mas ressaltou que é necessário haver uma investigação urgente. "Precisamos esclarecer se as denúncias são verdadeiras ou não, e saber quais as medidas necessárias se elas forem procedentes", afirmou.
Wasny lembrou que o presidente da Câmara sempre deixou muito claras as suas posições políticas. "O PSDB e o PFL, para tirar o PT da Mesa Diretora, afiançaram a eleição de Severino", completou.
As denúncias
Os supostos pagamentos de propina a Severino foram divulgados no último fim de semana pelas revistas "Veja" e "Época". Na segunda-feira, o empresário havia negado o pagamento do "mensalinho" a Severino. Por meio de três notas oficiais, o presidente da Câmara também negou as acusações de corrupção e pediu à Corregedoria da Casa, à PF (Polícia Federal), ao TCU (Tribunal de Contas da União) e à Diretoria-Geral da Câmara para investigar as denúncias.
Nesta terça-feira, o site da revista "Veja" divulgou um documento assinado por Severino, que prorroga a concessão do restaurante até 2005. No documento, datado de abril de 2002, consta a assinatura do presidente da Câmara, então primeiro-secretário da Casa. A prorrogação do contrato seria irregular e não constaria no regimento interno da Câmara.
As denúncias contra Severino ganharam mais força após o depoimento do ex-gerente do restaurante, Izeilton Carvalho na PF (Polícia Federal), nesta terça-feira. Ele confirmou os pagamentos de propina ao presidente da Câmara e sugeriu que para comprová-los bastaria a quebra de sigilo bancário de Severino e de Buani.
Durante entrevista coletiva hoje, o empresário também confirmou ter pago propina a Severino. Buani afirmou ainda que pode comprovar um dos pagamentos do "mensalinho", por meio da cópia de um cheque seu que teria sido descontado por um dos três motoristas do presidente da Câmara.
Com Agência Câmara
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Os deputados da base aliada do governo Luiza Erundina (PSB-SP), Maninha (PT-DF), Wasny de Roure (PT-DF) e André Costa (sem partido-RJ) cobraram nesta quinta-feira uma investigação urgente sobre as denúncias de pagamento de propina ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
Severino é acusado de ter recebido pagamentos de propina --o "mensalinho"--, entre março e novembro de 2003, do empresário Sebastião Augusto Buani, que administra o restaurante Fiorella, do 10º andar do anexo 4 da Câmara, em troca de conceder privilégios para o empresário na exploração do estabelecimento alimentício.
Na sessão de hoje no plenário, Maninha reforçou que as denúncias devem ser apuradas. "O simples afastamento ou licenciamento do presidente Severino não é nenhuma solução. Tudo deve ser apurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que terá condições de identificar se existe ou não culpa", afirmou.
A parlamentar advertiu que algumas soluções que estão sendo apresentadas teriam, na verdade, o objetivo de atingir o governo federal. "No entanto, não podemos usar esse caso como instrumento para uma crise envolvendo outros poderes", disse.
O deputado André Costa defendeu a tese de Maninha de que é necessário ir "devagar com o andor" e também pediu uma investigação.
Explicações
Luiza Erundina solicitou explicações convincentes sobre o caso. "É preciso haver uma versão suficiente para, pelo menos, dar-nos a esperança de que essas denúncias não se confirmem", ressaltou.
Em relação ao deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), também citado nas denúncias, a deputada Erundina informou que a posição do PSB será a de aguardar esclarecimentos.
"Ele tem sido um companheiro que cumpre suas responsabilidades partidárias e seu papel político. Mas, se as denúncias forem confirmadas, o PSB vai aplicar com rigor as providências cabíveis, com base no regimento do partido", avisou.
Já o deputado Wasny de Roure disse que tem apreço por Severino, mas ressaltou que é necessário haver uma investigação urgente. "Precisamos esclarecer se as denúncias são verdadeiras ou não, e saber quais as medidas necessárias se elas forem procedentes", afirmou.
Wasny lembrou que o presidente da Câmara sempre deixou muito claras as suas posições políticas. "O PSDB e o PFL, para tirar o PT da Mesa Diretora, afiançaram a eleição de Severino", completou.
As denúncias
Os supostos pagamentos de propina a Severino foram divulgados no último fim de semana pelas revistas "Veja" e "Época". Na segunda-feira, o empresário havia negado o pagamento do "mensalinho" a Severino. Por meio de três notas oficiais, o presidente da Câmara também negou as acusações de corrupção e pediu à Corregedoria da Casa, à PF (Polícia Federal), ao TCU (Tribunal de Contas da União) e à Diretoria-Geral da Câmara para investigar as denúncias.
Nesta terça-feira, o site da revista "Veja" divulgou um documento assinado por Severino, que prorroga a concessão do restaurante até 2005. No documento, datado de abril de 2002, consta a assinatura do presidente da Câmara, então primeiro-secretário da Casa. A prorrogação do contrato seria irregular e não constaria no regimento interno da Câmara.
As denúncias contra Severino ganharam mais força após o depoimento do ex-gerente do restaurante, Izeilton Carvalho na PF (Polícia Federal), nesta terça-feira. Ele confirmou os pagamentos de propina ao presidente da Câmara e sugeriu que para comprová-los bastaria a quebra de sigilo bancário de Severino e de Buani.
Durante entrevista coletiva hoje, o empresário também confirmou ter pago propina a Severino. Buani afirmou ainda que pode comprovar um dos pagamentos do "mensalinho", por meio da cópia de um cheque seu que teria sido descontado por um dos três motoristas do presidente da Câmara.
Com Agência Câmara
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