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09/09/2005
-
19h14
da Folha Online
O presidente da CPI dos Bingos, Efraim Morais (PFL-PB), confirmou nesta sexta-feira que colocará em votação, na próxima semana, requerimento de autoria do senador Geraldo Mesquita Júnior (PSOL-AC) que convoca para depor o ministro da Fazenda Antonio Palocci.
Mesquita Júnior argumentou na justificativa do requerimento que, ao depor pela primeira vez na CPI dos Bingos, em 9 de agosto, o advogado Rogério Tadeu Buratti afirmou não ter tido mais contato com Palocci desde que ele assumiu o Ministério da Fazenda. No entanto, a quebra do sigilo telefônico de Buratti, conforme observou o senador, "comprova que Buratti, por diversas vezes, telefonou para o ministro, inclusive para a residência dele, em Brasília".
A intenção de convocar Palocci para depor na CPI ficou fortalecida depois que Buratti, no seu segundo depoimento, em 25 de agosto, reiterou denúncias que havia feito ao Ministério Público de que a empresa Leão Leão pagava propina de R$ 50 mil mensais à prefeitura de Ribeirão Preto (SP), no período em que Palocci era prefeito do município.
O dinheiro, contou Buratti, na ocasião, seria arrecadado pelo secretário de Fazenda, Ralf Barquete - já falecido - e repassado ao ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
Vida regrada
Em depoimento à CPI na semana passada, o então chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Juscelino Dourado, disse desconhecer o pagamento da suposta propina.
Dourado chegou a garantir que, ao longo de 13 anos de convivência com Palocci, "observou que o atual ministro teve uma vida regrada e que sempre foi muito cuidadoso com as finanças de suas campanhas eleitorais, não havendo jamais a existência de caixa dois".
Dourado também negou que Palocci tivesse recebido Buratti no Ministério da Fazenda e informou que as ligações telefônicas do advogado --que classificou de "amigo" --eram endereçadas a ele, Dourado, e não a Palocci. No dia seguinte ao depoimento, Dourado pediu demissão.
O advogado Buratti foi secretário de Governo da prefeitura de Ribeirão Preto na primeira gestão de Palocci (1993 a 1996). Ele foi demitido após denúncias de favorecimento a empreiteiras.
Buratti também é acusado de ter cobrado propina de R$ 6 milhões da multinacional Gtech, a mando do ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, para facilitar a renovação, em abril de 2003, de contrato destinado à operacionalização das loterias federais, entre a empresa e a CEF (Caixa Econômica Federal).
Com Agência Senado
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Antonio Palocci
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
Efraim confirma votação de requerimento para convocar Palocci
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O presidente da CPI dos Bingos, Efraim Morais (PFL-PB), confirmou nesta sexta-feira que colocará em votação, na próxima semana, requerimento de autoria do senador Geraldo Mesquita Júnior (PSOL-AC) que convoca para depor o ministro da Fazenda Antonio Palocci.
Mesquita Júnior argumentou na justificativa do requerimento que, ao depor pela primeira vez na CPI dos Bingos, em 9 de agosto, o advogado Rogério Tadeu Buratti afirmou não ter tido mais contato com Palocci desde que ele assumiu o Ministério da Fazenda. No entanto, a quebra do sigilo telefônico de Buratti, conforme observou o senador, "comprova que Buratti, por diversas vezes, telefonou para o ministro, inclusive para a residência dele, em Brasília".
A intenção de convocar Palocci para depor na CPI ficou fortalecida depois que Buratti, no seu segundo depoimento, em 25 de agosto, reiterou denúncias que havia feito ao Ministério Público de que a empresa Leão Leão pagava propina de R$ 50 mil mensais à prefeitura de Ribeirão Preto (SP), no período em que Palocci era prefeito do município.
O dinheiro, contou Buratti, na ocasião, seria arrecadado pelo secretário de Fazenda, Ralf Barquete - já falecido - e repassado ao ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
Vida regrada
Em depoimento à CPI na semana passada, o então chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Juscelino Dourado, disse desconhecer o pagamento da suposta propina.
Dourado chegou a garantir que, ao longo de 13 anos de convivência com Palocci, "observou que o atual ministro teve uma vida regrada e que sempre foi muito cuidadoso com as finanças de suas campanhas eleitorais, não havendo jamais a existência de caixa dois".
Dourado também negou que Palocci tivesse recebido Buratti no Ministério da Fazenda e informou que as ligações telefônicas do advogado --que classificou de "amigo" --eram endereçadas a ele, Dourado, e não a Palocci. No dia seguinte ao depoimento, Dourado pediu demissão.
O advogado Buratti foi secretário de Governo da prefeitura de Ribeirão Preto na primeira gestão de Palocci (1993 a 1996). Ele foi demitido após denúncias de favorecimento a empreiteiras.
Buratti também é acusado de ter cobrado propina de R$ 6 milhões da multinacional Gtech, a mando do ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, para facilitar a renovação, em abril de 2003, de contrato destinado à operacionalização das loterias federais, entre a empresa e a CEF (Caixa Econômica Federal).
Com Agência Senado
Especial
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