Publicidade
Publicidade
10/09/2005
-
17h48
da Folha Online
Depois de passar a tarde deste sábado reunido com assessores jurídicos e seu advogado, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, disse a interlocutores que não irá renunciar ao cargo e marcou para o meio-dia de domingo (11) uma entrevista coletiva para falar sobre as denúncias de que teria cobrado propina do empresário Sebastião Buani, concessionário de um restaurante na Câmara.
A reunião começou logo depois de Severino chegar à residência oficial da Câmara, por volta das 12h. Por causa do escândalo, o presidente da Câmara dos Deputados antecipou o seu retorno dos Estados Unidos para o Brasil. Ele estava em Nova York (EUA), onde participou da II Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos. Inicialmente, sua chegada estava prevista para a manhã deste domingo.
Participaram da reunião o advogado José Eduardo Alckmim --ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o secretário-geral da Mesa diretora da Câmara, Mozart de Paiva, e o assessor jurídico da Casa, Marcos Vasconcelos.
Na saída, Alckmim disse que suspeita da autenticidade do documento em que aparece a assinatura de Severino Cavalcanti prorrogando o contrato de concessão do restaurante Fiorella na Câmara dos Deputados. Ele também sugeriu aos jornalistas que investiguem a vida de Sebastião Buani "para ver do que ele é capaz".
Ele também disse aos jornalistas que o presidente da Câmara não pensa em renunciar ao cargo. "A intenção [de Severino] é manter-se no cargo para defender-se. Não vai renunciar, não vai pedir licença".
Em entrevista à imprensa nesta semana, Buani afirmou que foi obrigado a pagar propina de R$ 10 mil por mês, entre março e novembro de 2003, ao presidente da Câmara para conseguir prorrogar o contrato. Buani também disse que não conseguiu o parcelamento de sua dívida por motivos políticos.
O assessor jurídico da Câmara, Marcos Vasconcelos, levou à Polícia Federal esta semana diversos documentos com a assinatura de Severino, para serem comparados ao documento --com a suposta assinatura de Severino --que Buani divulgou. De acordo com Vasconcelos, os despachos foram pedidos pelo delegado Sérgio Menezes, que chefia o inquérito.
Vasconcelos disse que o ônus da prova está sendo invertido, uma vez que não existem provas. Buani afirmou em depoimento à PF ainda não ter nenhuma prova de que teria pago propina ao então primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti. Mas disse que, até terça-feira (13), espera que o banco Bradesco entregue cópia de um cheque que teria emitido em favor de Severino. "O senhor Buani não apresentou esse cheque porque ele não existe", disse Vasconcelos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o empresário Sebastião Buani
Leia o que já foi publicado sobre Severino Cavalcanti
Severino diz que não vai renunciar e marca entrevista coletiva
Publicidade
Depois de passar a tarde deste sábado reunido com assessores jurídicos e seu advogado, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, disse a interlocutores que não irá renunciar ao cargo e marcou para o meio-dia de domingo (11) uma entrevista coletiva para falar sobre as denúncias de que teria cobrado propina do empresário Sebastião Buani, concessionário de um restaurante na Câmara.
A reunião começou logo depois de Severino chegar à residência oficial da Câmara, por volta das 12h. Por causa do escândalo, o presidente da Câmara dos Deputados antecipou o seu retorno dos Estados Unidos para o Brasil. Ele estava em Nova York (EUA), onde participou da II Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos. Inicialmente, sua chegada estava prevista para a manhã deste domingo.
Participaram da reunião o advogado José Eduardo Alckmim --ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o secretário-geral da Mesa diretora da Câmara, Mozart de Paiva, e o assessor jurídico da Casa, Marcos Vasconcelos.
Na saída, Alckmim disse que suspeita da autenticidade do documento em que aparece a assinatura de Severino Cavalcanti prorrogando o contrato de concessão do restaurante Fiorella na Câmara dos Deputados. Ele também sugeriu aos jornalistas que investiguem a vida de Sebastião Buani "para ver do que ele é capaz".
Ele também disse aos jornalistas que o presidente da Câmara não pensa em renunciar ao cargo. "A intenção [de Severino] é manter-se no cargo para defender-se. Não vai renunciar, não vai pedir licença".
Em entrevista à imprensa nesta semana, Buani afirmou que foi obrigado a pagar propina de R$ 10 mil por mês, entre março e novembro de 2003, ao presidente da Câmara para conseguir prorrogar o contrato. Buani também disse que não conseguiu o parcelamento de sua dívida por motivos políticos.
O assessor jurídico da Câmara, Marcos Vasconcelos, levou à Polícia Federal esta semana diversos documentos com a assinatura de Severino, para serem comparados ao documento --com a suposta assinatura de Severino --que Buani divulgou. De acordo com Vasconcelos, os despachos foram pedidos pelo delegado Sérgio Menezes, que chefia o inquérito.
Vasconcelos disse que o ônus da prova está sendo invertido, uma vez que não existem provas. Buani afirmou em depoimento à PF ainda não ter nenhuma prova de que teria pago propina ao então primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti. Mas disse que, até terça-feira (13), espera que o banco Bradesco entregue cópia de um cheque que teria emitido em favor de Severino. "O senhor Buani não apresentou esse cheque porque ele não existe", disse Vasconcelos.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice