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11/09/2005 - 09h03

Maluf e seu filho Flávio tomam café juntos na PF

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da Folha Online

O ex-prefeito Paulo Maluf e seu filho Flávio tiveram uma noite tranqüila na cela de 12 m² que dividem no terceiro andar do prédio da sede da Superintendência da Polícia Federal, segundo a assessoria da família. Eles já tomaram café da manhã e teriam dito a seus advogados que estão sendo muito bem tratados pelos agentes federais.

A assessoria do ex-prefeito também afirmou que os advogados de Maluf e Flávio, José Roberto Leal, Ricardo Tosto e José Roberto Batocchio, ainda não entraram com pedido de habeas corpus na Justiça, solicitando a libertação de ambos por "ainda não terem conseguido detalhes dos motivos da ordem das prisões.

"Para dizer a verdade, nem mesmo ao teor do pedido da prisão preventiva tivemos acesso. Não sabemos o que o Ministério Público e o que a juiza escreveu no processo. Mas parece que defesa é crime no Brasil", disse o advogado Batocchio.

Segundo ele, a intenção da defesa de Maluf e Flávio é apenas "exercer o direito constitucional de tomar conhecimento da acusação de seus clientes".

A demora na entrada do pedido de habeas corpus pode ser uma tática dos advogados para fundamentar melhor a defesa. Ontem, os advogados disseram entender que "as prisões não tiveram fundamentos jurídicos".

O processo, que corre em segredo de Justiça, conforme informou neste sábado a assessoria da Justiça Federal, encontra-se na secretaria do Fórum Federal Criminal do bairro Cerqueira Cesar (zona oeste) e só poderá ser consultado na próxima segunda-feira.

Assim que solicitado, o habeas corpus de Maluf e Flávio deverá seguir para a subsecretaria da terceira turma do TRF (Tribunal Regional Federal), que encaminhará o pedido para avaliação do desembargador Márcio Moraes.

Visitas

Na tarde deste sábado, Jacqueline, mulher de Flávio foi à PF levar roupas e alimentos para o marido e o sogro. Ela permaneceu cerca de uma hora com os dois. Na saída, informou aos jornalistas que ambos passavam bem.

Mais cedo, o deputado estadual Salim Curiati (PP-SP) e o cantor e vereador Aguinaldo Timóteo (PP) tentaram visitar Maluf, mas foram impedidos pelos agentes federais. Curiati levou uma dúzia de quibes para o ex-prefeito.

A mulher de Maluf, Sylvia, e os filhos Otávio e Lina passaram o dia na casa do ex-prefeito, à espera de notícias dos advogados.

Um dos advogados de Maluf, Ricardo Tosto, também não conseguiu entrar no prédio ontem. A PF argumentou que, naquele momento, já havia um advogado com o ex-prefeito.

Prisões

Paulo Maluf se entregou à Polícia Federal no início da madrugada deste sábado, após a juíza Sílvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal de São Paulo aceitar o pedido de prisão preventiva contra ele e o filho Flávio.

O ex-prefeito de São Paulo chegou em um Santana preto, acompanhado por advogados e seguranças e, durante a madrugada, passou por exame de corpo de delito. Visivelmente abatido, Maluf se recusou a falar com os jornalistas.

Já Flávio foi abordado por volta das 5h deste sábado por policiais federais quando estava em sua fazenda, em Dourado, interior de São Paulo.

De lá, ele seguiu com dois policiais federais em seu helicóptero particular para um heliponto na zona sul da capital paulista, onde recebeu voz de prisão e foi algemado.

Os dois são acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Se condenados, a soma das penas mínimas é de oito anos de prisão.

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