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12/09/2005
-
12h51
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O empresário Sebastião Buani entregou nesta segunda-feira à Polícia Federal em Brasília a cópia do extrato bancário que mostra a retirada de R$ 40 mil que ele teria entregue ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), na época em que era primeiro-secretário da Casa, para garantir o funcionamento por mais três anos do restaurante Fiorella, no 10º andar do anexo 4 da Câmara.
"Eu quero provar para vocês o que eu disse [na entrevista de sexta-feira]. Agora, é questão de honra. Se o cheque aparecer à gente ligada a Severino, de que prova precisa mais?", questionou o empresário.
Amanhã, Buani disse que entregará a cópia do cheque de R$ 7,5 mil de propina que teria sido descontado por um motorista de Severino numa agência do Bradesco. "Esse cheque de hoje é do mensalão. O outro [de amanhã] é do mensalinho", disse o empresário.
Os R$ 40 mil seriam o primeiro valor pago ao presidente da Casa e teriam sido negociados em um reunião na presença do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) para garantir a concessão do restaurante de 2002 a 2005.
Essa negociação teria acarretado na assinatura do documento sem valor legal, cuja autenticidade foi negada por Severino. "Ele assinou [esse documento] na minha presença. Se é falso, quem tem que provar isso não sou eu, é a Polícia Federal, que está investigando. Eu garanto o seguinte: [O documento] Foi entregue na minha mão por ele [Severino]."
O cheque, que ele promete apresentar amanhã, pagaria o "mensalinho" --uma propina no valor original de R$ 10 mil supostamente entregues ao presidente da Câmara também para garantir o funcionamento do restaurante.
Os R$ 7,5 mil teriam sido pagos em junho de 2003, mês em que Buani disse que o movimento do restaurante era menor e por isso não conseguiu pagar os R$ 10 mil. "Eu já tenho o número desse cheque e já pedi a microfilmagem para levar amanhã à PF", disse o empresário.
Ex-gerente
A ex-gerente do Bradesco, Jane Albuquerque, prestou depoimento hoje à Polícia Federal e disse não se recordar desse saque de R$ 40 mil feito por Buani e que teria sido entregue a Severino.
"Em não me lembro de saque nenhum. Todos os procedimentos que eu deveria ter tomado à época foram tomados para confirmação dos cheques de todos os clientes."
Jane trabalhou na agência do Bradesco na época do suposto pagamento de propina a Severino.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Sebastião Buani
Leia o que já foi publicado sobre Severino Cavalcanti
Leia a cobertura completa sobre o caso do "mensalão"
Buani entrega seu extrato bancário à PF em Brasília
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da Folha Online, em Brasília
O empresário Sebastião Buani entregou nesta segunda-feira à Polícia Federal em Brasília a cópia do extrato bancário que mostra a retirada de R$ 40 mil que ele teria entregue ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), na época em que era primeiro-secretário da Casa, para garantir o funcionamento por mais três anos do restaurante Fiorella, no 10º andar do anexo 4 da Câmara.
"Eu quero provar para vocês o que eu disse [na entrevista de sexta-feira]. Agora, é questão de honra. Se o cheque aparecer à gente ligada a Severino, de que prova precisa mais?", questionou o empresário.
Amanhã, Buani disse que entregará a cópia do cheque de R$ 7,5 mil de propina que teria sido descontado por um motorista de Severino numa agência do Bradesco. "Esse cheque de hoje é do mensalão. O outro [de amanhã] é do mensalinho", disse o empresário.
Os R$ 40 mil seriam o primeiro valor pago ao presidente da Casa e teriam sido negociados em um reunião na presença do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) para garantir a concessão do restaurante de 2002 a 2005.
Essa negociação teria acarretado na assinatura do documento sem valor legal, cuja autenticidade foi negada por Severino. "Ele assinou [esse documento] na minha presença. Se é falso, quem tem que provar isso não sou eu, é a Polícia Federal, que está investigando. Eu garanto o seguinte: [O documento] Foi entregue na minha mão por ele [Severino]."
O cheque, que ele promete apresentar amanhã, pagaria o "mensalinho" --uma propina no valor original de R$ 10 mil supostamente entregues ao presidente da Câmara também para garantir o funcionamento do restaurante.
Os R$ 7,5 mil teriam sido pagos em junho de 2003, mês em que Buani disse que o movimento do restaurante era menor e por isso não conseguiu pagar os R$ 10 mil. "Eu já tenho o número desse cheque e já pedi a microfilmagem para levar amanhã à PF", disse o empresário.
Ex-gerente
A ex-gerente do Bradesco, Jane Albuquerque, prestou depoimento hoje à Polícia Federal e disse não se recordar desse saque de R$ 40 mil feito por Buani e que teria sido entregue a Severino.
"Em não me lembro de saque nenhum. Todos os procedimentos que eu deveria ter tomado à época foram tomados para confirmação dos cheques de todos os clientes."
Jane trabalhou na agência do Bradesco na época do suposto pagamento de propina a Severino.
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