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13/09/2005 - 13h11

Genoino nega existência de "mensalão"

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Em depoimento prestado nesta terça-feira na CPI do Mensalão, o ex-presidente do PT José Genoino negou categoricamente a existência de um esquema de pagamento de parlamentares montado pelo PT no Congresso. "Nunca houve nem nunca foi discutida troca de apoio por dinheiro nem troca de voto por apoio material." Segundo Genoino, por parte do PT, não houve compra de voto por dinheiro "para aprovar qualquer agenda legislativa."

Este é o primeiro depoimento público que Genoino enfrenta após sua renúncia à presidência do partido e a primeira vez que dá explicações ao Congresso sobre o suposto esquema do "mensalão" e dos empréstimos tomados pelo seu partido por meio do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador financeiro do "mensalão".

Lula Marques / FI
José Genoino, em depoimento à CPI do Mensalão
José Genoino, em depoimento à CPI do Mensalão
Ao abrir seu depoimento, Genoino garantiu que o PT não jogou com o chamado "vale tudo" para governar. "Não fizemos vale-tudo na economia nem no Congresso Nacional para negociar uma agenda complexa e difícil." Segundo ele, a negociação política também implicava acomodar partidos nos ministérios. Genoino disse que só participou pessoalmente de negociações partidárias, para apoio eleitoral em campanhas. Genoino reafirmou que as negociações quando envolviam apoio financeiro eram recursos materiais para campanhas eleitorais, shows, comícios e material de campanha.

Sobre os empréstimos tomados pelo PT junto ao empresário Marcos Valério, que solicitou os recursos aos Bancos Rural e BMG, José Genoino admitiu que avalizou os empréstimos "em confiança", mas disse que o PT "honrará os compromissos", ou seja, pagará o que deve. Ele afirmou que só encontrou com Marcos Valério de forma rápida no sede do PT. Segundo Genoino, todos os contatos do publicitário no PT se limitavam ao ex-tesoureiro Delúbio Soares.

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