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13/09/2005
-
13h25
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O ex-ministro da Coordenação Política, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), confirmou nesta terça-feira, em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, que estava presente à reunião ocorrida entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), em março deste ano, quando o ex-presidente nacional do PTB levantou a questão do pagamento a parlamentares, o chamado "mensalão".
"A reunião ocorreu em março. Participaram eu, o líder Múcio (deputado pernambucano José Múcio Monteiro, líder do PTB), o ministro Mares Guia (Walfrido Mares Guia, ministro do Turismo), o líder Chinaglia (deputado paulista Arlindo Chinaglia, então líder do PT), Roberto Jefferson e o presidente Lula. No final da reunião o deputado Roberto levantou a questão do hipotético pagamento a parlamentares. O presidente Lula ouviu e pediu a mim e ao líder Chinaglia que investigássemos esta denúncia", afirmou Rebelo.
Segundo o ex-ministro, após consulta à presidência da Câmara, foi levada ao presidente Lula a informação de que houve uma investigação na Casa com base em matéria do "Jornal do Brasil", publicada em setembro de 2004 e que a questão foi arquivada porque a suposta fonte do jornal, o deputado Miro Teixeira (PT-RJ), negou ser o autor da informação. "Eu não ouvi falar, eu li a primeira vez sobre o pagamento de deputados na matéria do jornal. Só ouvi falar depois, quando as denúncias foram feitas pelo deputado Roberto Jefferson."
Aldo Rebelo negou ter conhecimento pessoal do "mensalão" e de qualquer forma de pagamento a parlamentares, antes e depois de ter assumido o ministério. Ele informou que nunca esteve ou mesmo foi apresentado ao publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador financeiro do "mensalão". "Nunca conheci Marcos Valério, nem mesmo em ocasiões sociais. Desconhecer a existência de Marcos Valério é comum e ordinário a 99% das pessoas", avaliou.
Rebelo depõe no Conselho porque foi arrolado como testemunha de defesa do deputado José Dirceu (PT-SP), ex-ministro-chefe da Casa Civil, que é alvo de uma representação por quebra de decoro parlamentar movida pela presidência do PTB.
Apesar de ser uma testemunha de defesa, Rebelo disse que não estava depondo para inocentar ou culpar ninguém, mas para propor o equilíbrio. Ele informou ainda que mesmo a imprensa dizendo que José Dirceu perdeu poder com a criação do ministério da Coordenação Política, não foi isto o que ele viu.
"Eu li que o poder do ministro José Dirceu tinha diminuído. O que eu vi é que ele era um ministro importante, um ministro que tinha uma força política maior", afirmou Rebelo. Ele informou não poder avaliar se o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares agiu sozinho ou não. "Não sou integrante do PT e não conheço a estrutura do PT."
Sobre o fato de Marcos Valério nunca ter ligado para o seu ministério, Rebelo avaliou que o fato ocorreu porque sua pasta não era "gestora de recursos".
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Rebelo confirma que Jefferson avisou Lula sobre "mensalão"
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O ex-ministro da Coordenação Política, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), confirmou nesta terça-feira, em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, que estava presente à reunião ocorrida entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), em março deste ano, quando o ex-presidente nacional do PTB levantou a questão do pagamento a parlamentares, o chamado "mensalão".
"A reunião ocorreu em março. Participaram eu, o líder Múcio (deputado pernambucano José Múcio Monteiro, líder do PTB), o ministro Mares Guia (Walfrido Mares Guia, ministro do Turismo), o líder Chinaglia (deputado paulista Arlindo Chinaglia, então líder do PT), Roberto Jefferson e o presidente Lula. No final da reunião o deputado Roberto levantou a questão do hipotético pagamento a parlamentares. O presidente Lula ouviu e pediu a mim e ao líder Chinaglia que investigássemos esta denúncia", afirmou Rebelo.
Segundo o ex-ministro, após consulta à presidência da Câmara, foi levada ao presidente Lula a informação de que houve uma investigação na Casa com base em matéria do "Jornal do Brasil", publicada em setembro de 2004 e que a questão foi arquivada porque a suposta fonte do jornal, o deputado Miro Teixeira (PT-RJ), negou ser o autor da informação. "Eu não ouvi falar, eu li a primeira vez sobre o pagamento de deputados na matéria do jornal. Só ouvi falar depois, quando as denúncias foram feitas pelo deputado Roberto Jefferson."
Aldo Rebelo negou ter conhecimento pessoal do "mensalão" e de qualquer forma de pagamento a parlamentares, antes e depois de ter assumido o ministério. Ele informou que nunca esteve ou mesmo foi apresentado ao publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador financeiro do "mensalão". "Nunca conheci Marcos Valério, nem mesmo em ocasiões sociais. Desconhecer a existência de Marcos Valério é comum e ordinário a 99% das pessoas", avaliou.
Rebelo depõe no Conselho porque foi arrolado como testemunha de defesa do deputado José Dirceu (PT-SP), ex-ministro-chefe da Casa Civil, que é alvo de uma representação por quebra de decoro parlamentar movida pela presidência do PTB.
Apesar de ser uma testemunha de defesa, Rebelo disse que não estava depondo para inocentar ou culpar ninguém, mas para propor o equilíbrio. Ele informou ainda que mesmo a imprensa dizendo que José Dirceu perdeu poder com a criação do ministério da Coordenação Política, não foi isto o que ele viu.
"Eu li que o poder do ministro José Dirceu tinha diminuído. O que eu vi é que ele era um ministro importante, um ministro que tinha uma força política maior", afirmou Rebelo. Ele informou não poder avaliar se o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares agiu sozinho ou não. "Não sou integrante do PT e não conheço a estrutura do PT."
Sobre o fato de Marcos Valério nunca ter ligado para o seu ministério, Rebelo avaliou que o fato ocorreu porque sua pasta não era "gestora de recursos".
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