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13/09/2005
-
14h41
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Em depoimento ao Conselho de Ética, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) afirmou que foi ele quem convenceu o então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu a se opor à criação da CPI dos Correios. Rebelo disse ainda que Dirceu não queria ir até a casa do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) para pedir que ele retirasse a assinatura do requerimento de criação da comissão.
O parlamentar começou a depor por volta das 12h e concluiu pouco depois das 15h.
Juntos, os dois foram duas vezes à casa de Jefferson. Na primeira vez, não foram recebidos. Na segunda tentativa, o deputado fluminense divulgou a informação de que os dois só entraram em seu apartamento porque a empregada os deixou entrar enquanto ele estava no banho.
"Fui eu que o convenci [José Dirceu] a ir até lá, eu era contra a CPI, como fui, aliás, contra outras", afirmou o ex-ministro Rebelo.
Ele afirmou ainda que sempre teve muita dificuldade, tanto enquanto ocupava a liderança do governo, como quando estava na Coordenação Política, em negociar qualquer matéria no Congresso. "Até mesmo com a base aliada", acrescentou.
Rebelo negou ter participado das negociações e das indicações de nomes para ocuparem cargos no governo. Segundo Rebelo, os cargos de maior importância, como os de ministro, eram de decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por mais de uma vez Rebelo afirmou não acreditar na hipótese da existência de um esquema de pagamento de parlamentares, o chamado "mensalão."
De acordo com o ex-ministro, se pagamento existisse, as negociações entre governo e o Congresso não seriam tão difíceis. Para atestar os problemas criados pela base aliada, Rebelo afirmou que, muitas vezes, buscou apoio em setores do PSDB e do PFL para conseguir a aprovação de matérias importantes para o governo.
O ex-ministro compareceu ao Conselho de Ética nesta terça-feira para prestar depoimento como testemunha de defesa de Dirceu, que é alvo de uma representação movida pela presidência nacional do PTB.
Na ação, o PTB alega que Dirceu quebrou o decoro parlamentar ao comandar o esquema do mensalão no Congresso.
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Rebelo diz que convenceu Dirceu a lutar contra CPI dos Correios
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da Folha Online, em Brasília
Em depoimento ao Conselho de Ética, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) afirmou que foi ele quem convenceu o então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu a se opor à criação da CPI dos Correios. Rebelo disse ainda que Dirceu não queria ir até a casa do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) para pedir que ele retirasse a assinatura do requerimento de criação da comissão.
O parlamentar começou a depor por volta das 12h e concluiu pouco depois das 15h.
Juntos, os dois foram duas vezes à casa de Jefferson. Na primeira vez, não foram recebidos. Na segunda tentativa, o deputado fluminense divulgou a informação de que os dois só entraram em seu apartamento porque a empregada os deixou entrar enquanto ele estava no banho.
"Fui eu que o convenci [José Dirceu] a ir até lá, eu era contra a CPI, como fui, aliás, contra outras", afirmou o ex-ministro Rebelo.
Ele afirmou ainda que sempre teve muita dificuldade, tanto enquanto ocupava a liderança do governo, como quando estava na Coordenação Política, em negociar qualquer matéria no Congresso. "Até mesmo com a base aliada", acrescentou.
Rebelo negou ter participado das negociações e das indicações de nomes para ocuparem cargos no governo. Segundo Rebelo, os cargos de maior importância, como os de ministro, eram de decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por mais de uma vez Rebelo afirmou não acreditar na hipótese da existência de um esquema de pagamento de parlamentares, o chamado "mensalão."
De acordo com o ex-ministro, se pagamento existisse, as negociações entre governo e o Congresso não seriam tão difíceis. Para atestar os problemas criados pela base aliada, Rebelo afirmou que, muitas vezes, buscou apoio em setores do PSDB e do PFL para conseguir a aprovação de matérias importantes para o governo.
O ex-ministro compareceu ao Conselho de Ética nesta terça-feira para prestar depoimento como testemunha de defesa de Dirceu, que é alvo de uma representação movida pela presidência nacional do PTB.
Na ação, o PTB alega que Dirceu quebrou o decoro parlamentar ao comandar o esquema do mensalão no Congresso.
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