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14/09/2005
-
11h10
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O empresário Sebastião Buani apresentou nesta quarta-feira a cópia do cheque de R$ 7,5 mil que teria entregue ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), como propina para garantir o funcionamento por mais três anos do restaurante Fiorella, no 10º andar do anexo 4 da Câmara.
O cheque, do Bradesco, tem a assinatura da secretária de Severino, Gabriela Kenia S. S. Martins, o que comprovaria o pagamento do "mensalinho" ao presidente da Câmara. O documento era esperado pela PF e tido como a principal prova do inquérito.
Gabriela foi apontada por Buani e por garçons do restaurante como a pessoa que pegava os envelopes e os entregava a Severino. Em um primeiro depoimento à PF, ela negou as acusações. A Polícia Federal procura pela secretária para que ela fale novamente ainda hoje.
Os R$ 7,5 mil teriam sido pagos em 31 de julho de 2002, mês em que Buani disse que o movimento do restaurante era menor e por isso não conseguiu pagar os R$ 10 mil do "mensalinho". O cheque foi entregue pessoalmente a Severino no restaurante. Segundo Buani, cada vez que o presidente da Câmara ia buscar o pagamento dava um "aperto".
O cheque confirma a tese de que o pagamento de propina ao presidente da Câmara teria começado em 2002 e não em 2003. "Garanto a vocês que foi uma surpresa ver que o cheque era de 2002. Meu calvário durou mais de seis meses." Buani havia afirmado que tinha pago o "mensalinho" ao presidente da Câmara durante seis meses em 2003 e que o saque tinha sido feito por um motorista de Severino.
O empresário já havia entregue à Polícia Federal a cópia do extrato bancário que mostra a retirada de R$ 40 mil que ele também teria entregue ao presidente da Câmara.
Os R$ 40 mil seriam o primeiro valor pago ao presidente da Casa e teriam sido negociados em um reunião na presença do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) para garantir a concessão do restaurante de 2002 a 2005.
Coletiva
Na abertura da coletiva, onde Sebastião Buani apresentou o cheque, seu advogado, Sebastião Coelho, afirmou que desde que surgiram as primeiras denúncias contra Severino, seu cliente recebeu "pressões e ofertas".
Coelho disse ainda que faria um apelo ao "empresariado do Brasil" pedindo contribuições para Buani pagar suas dívidas. O advogado disse também que passaria o número de uma conta para depósito, o que não ocorreu.
Já Buani iniciou a entrevista agradecendo sua família e advogado e antes de mostrar a cópia do cheque levantou para fazer uma oração.
Oposição
Os presidentes dos cinco principais partidos de oposição entregaram ao presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), representação pedindo abertura de processo de cassação contra Severino Cavalcanti.
Assinaram o pedido PFL, PSDB, PPS, PDT e PV. A ala esquerda do PT também assinou. A deputada Luciana Genro (PSOL-RS) endossou o documento em nome do partido.
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Leia o que já foi publicado sobre Severino Cavalcanti
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Buani apresenta cheque de R$ 7,5 mil que teria entregue a Severino
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da Folha Online, em Brasília
O empresário Sebastião Buani apresentou nesta quarta-feira a cópia do cheque de R$ 7,5 mil que teria entregue ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), como propina para garantir o funcionamento por mais três anos do restaurante Fiorella, no 10º andar do anexo 4 da Câmara.
O cheque, do Bradesco, tem a assinatura da secretária de Severino, Gabriela Kenia S. S. Martins, o que comprovaria o pagamento do "mensalinho" ao presidente da Câmara. O documento era esperado pela PF e tido como a principal prova do inquérito.
AP |
Sebastião Buani apresenta cheque de R$ 7,5 mil |
Os R$ 7,5 mil teriam sido pagos em 31 de julho de 2002, mês em que Buani disse que o movimento do restaurante era menor e por isso não conseguiu pagar os R$ 10 mil do "mensalinho". O cheque foi entregue pessoalmente a Severino no restaurante. Segundo Buani, cada vez que o presidente da Câmara ia buscar o pagamento dava um "aperto".
O cheque confirma a tese de que o pagamento de propina ao presidente da Câmara teria começado em 2002 e não em 2003. "Garanto a vocês que foi uma surpresa ver que o cheque era de 2002. Meu calvário durou mais de seis meses." Buani havia afirmado que tinha pago o "mensalinho" ao presidente da Câmara durante seis meses em 2003 e que o saque tinha sido feito por um motorista de Severino.
O empresário já havia entregue à Polícia Federal a cópia do extrato bancário que mostra a retirada de R$ 40 mil que ele também teria entregue ao presidente da Câmara.
Os R$ 40 mil seriam o primeiro valor pago ao presidente da Casa e teriam sido negociados em um reunião na presença do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) para garantir a concessão do restaurante de 2002 a 2005.
Coletiva
Na abertura da coletiva, onde Sebastião Buani apresentou o cheque, seu advogado, Sebastião Coelho, afirmou que desde que surgiram as primeiras denúncias contra Severino, seu cliente recebeu "pressões e ofertas".
Coelho disse ainda que faria um apelo ao "empresariado do Brasil" pedindo contribuições para Buani pagar suas dívidas. O advogado disse também que passaria o número de uma conta para depósito, o que não ocorreu.
Já Buani iniciou a entrevista agradecendo sua família e advogado e antes de mostrar a cópia do cheque levantou para fazer uma oração.
Oposição
Os presidentes dos cinco principais partidos de oposição entregaram ao presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), representação pedindo abertura de processo de cassação contra Severino Cavalcanti.
Assinaram o pedido PFL, PSDB, PPS, PDT e PV. A ala esquerda do PT também assinou. A deputada Luciana Genro (PSOL-RS) endossou o documento em nome do partido.
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