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14/09/2005
-
13h02
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O PT decidiu nesta quarta-feira pedir a renúncia imediata do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), após o empresário Sebastião Buani apresentar a cópia do cheque de R$ 7,5 mil que teria entregue a Severino como propina para garantir o funcionamento por mais três anos do restaurante Fiorella, no 10º andar do anexo 4 da Câmara. A informação é do líder do PT na Casa, deputado Henrique Fontana (RS).
No entanto, Fontana afirmou que seu partido não se arrepende de não ter assinado a representação feita pelos partidos de oposição contra o presidente da Câmara.
"A aparição da prova material altera inteiramente a situação. O presidente Severino deve renunciar e responder às acusações feitas contra ele como um deputado comum", avaliou Fontana. Segundo o líder petista, o seu partido agiu com cautela ao rejeitar a representação. "Agimos com responsabilidade constitucional. A crise política que há quatro meses atinge o país é gravíssima. O PT não elegeu Severino e não teve a pressa para retira-lo da presidência que teve os partidos que o colocaram lá."
Fontana confirmou que seu partido pretende ver uma nova eleição para a presidência da Câmara e vai defender que o critério de proporcionalidade das bancadas desta vez seja cumprido. Por este critério, o PT tem o direito de indicar o nome do deputado que vai disputar a presidência em substituição a Severino. "Vamos ter humildade e dialogar com todos os partidos, da base e da oposição, em busca de um nome de consenso."
Apesar de defender a imediata renúncia de Severino, Fontana também pediu amplo direito de defesa para o presidente da Câmara. "Ele [Severino] tem que ter direito a todo processo de investigação. Tem que ter amplo direito de defesa. Não podemos prejulgar." Nos últimos dois dias, após ter anunciado que assinaria a representação e depois ter recuado, Fontana enfrentou inúmeras críticas da oposição que alega a ligação do PT e Severino em um acordo de cooperação mútua.
"O PT não pode se mover em resposta a um possível desgaste a ser criado em um dia. Temos um plano de governo. Tivemos uma atitude serena e responsável. Não cedemos às pressões. Os que correram para fazer a representação e não sofrer o desgaste foram os mesmos que elegeram Severino."
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da Folha Online, em Brasília
O PT decidiu nesta quarta-feira pedir a renúncia imediata do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), após o empresário Sebastião Buani apresentar a cópia do cheque de R$ 7,5 mil que teria entregue a Severino como propina para garantir o funcionamento por mais três anos do restaurante Fiorella, no 10º andar do anexo 4 da Câmara. A informação é do líder do PT na Casa, deputado Henrique Fontana (RS).
No entanto, Fontana afirmou que seu partido não se arrepende de não ter assinado a representação feita pelos partidos de oposição contra o presidente da Câmara.
"A aparição da prova material altera inteiramente a situação. O presidente Severino deve renunciar e responder às acusações feitas contra ele como um deputado comum", avaliou Fontana. Segundo o líder petista, o seu partido agiu com cautela ao rejeitar a representação. "Agimos com responsabilidade constitucional. A crise política que há quatro meses atinge o país é gravíssima. O PT não elegeu Severino e não teve a pressa para retira-lo da presidência que teve os partidos que o colocaram lá."
Fontana confirmou que seu partido pretende ver uma nova eleição para a presidência da Câmara e vai defender que o critério de proporcionalidade das bancadas desta vez seja cumprido. Por este critério, o PT tem o direito de indicar o nome do deputado que vai disputar a presidência em substituição a Severino. "Vamos ter humildade e dialogar com todos os partidos, da base e da oposição, em busca de um nome de consenso."
Apesar de defender a imediata renúncia de Severino, Fontana também pediu amplo direito de defesa para o presidente da Câmara. "Ele [Severino] tem que ter direito a todo processo de investigação. Tem que ter amplo direito de defesa. Não podemos prejulgar." Nos últimos dois dias, após ter anunciado que assinaria a representação e depois ter recuado, Fontana enfrentou inúmeras críticas da oposição que alega a ligação do PT e Severino em um acordo de cooperação mútua.
"O PT não pode se mover em resposta a um possível desgaste a ser criado em um dia. Temos um plano de governo. Tivemos uma atitude serena e responsável. Não cedemos às pressões. Os que correram para fazer a representação e não sofrer o desgaste foram os mesmos que elegeram Severino."
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