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16/09/2005
-
08h51
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Em meio à pior crise de sua história, o PT promove neste domingo eleições internas para escolher seus novos dirigentes. O presidente interino da legenda, Tarso Genro, admite problemas de identidade e de programa que a próxima cúpula terá que resolver.
Segundo ele, parte da crise vem do fato dos petistas não terem configurado de maneira plena, mas apenas parcialmente, o que significa o projeto do PT para o país.
As eleições devem mobilizar um total de 825,4 mil militantes, distribuídos por 4.683 cidades brasileiras. A previsão é de que 35% desse montante compareça e escolha os presidentes e diretórios em nível nacional, estadual e municipal.
Somente em nível nacional, serão 7 candidatos na disputa. A maioria defendendo a autonomia com relação ao governo e em franca oposição às alianças com partidos de centro e direita feitas pelo governo Lula. A autal política econômica atual também é alvo de crítica.
Trata-se também das segundas "eleições diretas" do PT, que até 2001 apontava seus dirigentes pelo sistema de colégio eleitoral: os militantes elegiam delegados, que indicavam as "cabeças" do partido em um encontro nacional.
O partido realiza um encontro nacional no início de dezembro, quando o novo Diretório Nacional toma posse. Há propostas, no entanto, para que a nova cúpula assuma antecipadamente devido à relevância da crise. No PT, os dirigentes têm mandato de 3 anos.
Estrutura paralela de poder
Genro afirma que as eleições internas devem ter dois propósitos, além da óbvia escolha dos dirigentes: primeiro, servir de "escuta da base", quer dizer, será uma forma ouvir os militantes sobre suas expectativas quanto ao partido; segundo, criar um novo núcleo dirigente, sem "estruturas paralelas de poder".
"Independente de quem seja, é muito importante que a nova Executiva apareça para a sociedade, como um grupo dirigente completamente renovado e que possa através de métodos mais democráticos, de métodos não burocráticos, de métodos que não permitam a formação de estruturas paralelas de poder, permita a capacidade de recuperação da capacidade dirigente da Executiva nacional", disse ele.
O presidente interino do PT também criticou o que chama de "hegemonia quantitativa" na cúpula dirigente de seu partido, em uma provável referência à predominância da corrente chamada "Campo Majoritário" no Diretório Nacional (instância máxima de poder da legenda).
No PT, o diretório nacional é formado proporcionalmente ao número de votos que cada corrente obtém nas eleições: a corrente mais votada tem direito a indicar um maior número de representantes para fazer parte da cúpula de poder.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições do PT
PT promove eleições internas no domingo
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da Folha Online
Em meio à pior crise de sua história, o PT promove neste domingo eleições internas para escolher seus novos dirigentes. O presidente interino da legenda, Tarso Genro, admite problemas de identidade e de programa que a próxima cúpula terá que resolver.
Segundo ele, parte da crise vem do fato dos petistas não terem configurado de maneira plena, mas apenas parcialmente, o que significa o projeto do PT para o país.
As eleições devem mobilizar um total de 825,4 mil militantes, distribuídos por 4.683 cidades brasileiras. A previsão é de que 35% desse montante compareça e escolha os presidentes e diretórios em nível nacional, estadual e municipal.
Somente em nível nacional, serão 7 candidatos na disputa. A maioria defendendo a autonomia com relação ao governo e em franca oposição às alianças com partidos de centro e direita feitas pelo governo Lula. A autal política econômica atual também é alvo de crítica.
Trata-se também das segundas "eleições diretas" do PT, que até 2001 apontava seus dirigentes pelo sistema de colégio eleitoral: os militantes elegiam delegados, que indicavam as "cabeças" do partido em um encontro nacional.
O partido realiza um encontro nacional no início de dezembro, quando o novo Diretório Nacional toma posse. Há propostas, no entanto, para que a nova cúpula assuma antecipadamente devido à relevância da crise. No PT, os dirigentes têm mandato de 3 anos.
Estrutura paralela de poder
Genro afirma que as eleições internas devem ter dois propósitos, além da óbvia escolha dos dirigentes: primeiro, servir de "escuta da base", quer dizer, será uma forma ouvir os militantes sobre suas expectativas quanto ao partido; segundo, criar um novo núcleo dirigente, sem "estruturas paralelas de poder".
"Independente de quem seja, é muito importante que a nova Executiva apareça para a sociedade, como um grupo dirigente completamente renovado e que possa através de métodos mais democráticos, de métodos não burocráticos, de métodos que não permitam a formação de estruturas paralelas de poder, permita a capacidade de recuperação da capacidade dirigente da Executiva nacional", disse ele.
O presidente interino do PT também criticou o que chama de "hegemonia quantitativa" na cúpula dirigente de seu partido, em uma provável referência à predominância da corrente chamada "Campo Majoritário" no Diretório Nacional (instância máxima de poder da legenda).
No PT, o diretório nacional é formado proporcionalmente ao número de votos que cada corrente obtém nas eleições: a corrente mais votada tem direito a indicar um maior número de representantes para fazer parte da cúpula de poder.
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