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17/09/2005 - 09h03

Serraglio é opção contra resistência a Temer

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da Folha de S.Paulo

No caso de o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, realmente renunciar, surgiu o nome de um azarão para sucedê-lo: Osmar Serraglio (PMDB-PR), 57 anos e no seu segundo mandato.

Sereno, de fala mansa e com conhecimentos jurídicos que usa como relator da CPI dos Correios, o congressista do Paraná surgiu com alguma força nas últimas 48 horas nos bastidores da disputa pela presidência da Câmara.

Forma-se um consenso no mundo político de Brasília que dificilmente o novo presidente da Câmara poderá ser do PT. Já dentro do PT, não será aceito alguém do PSDB ou do PFL. Nesse caso, teria de ser um deputado do PMDB, que deve se tornar a primeira maior bancada da Câmara a partir da semana que vem.

O nome natural do PMDB seria o do seu presidente nacional, Michel Temer (SP). Mas, devido a resistências a Temer, surgiu a opção Serraglio. O deputado foi uma sugestão da ala comandada pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) no Congresso. ACM controla uma bancada de cerca de 20 deputados. O baiano nunca teve boas relações com Michel Temer, principal nome dessa sigla à sucessão de Severino.

A favor de Serraglio também pesa o fato de ser um deputado novo na cena nacional. Nunca se indispôs com os colegas da Casa, exceto com parte dos 18 listados para serem cassados. Um dos seus poucos desafetos no momento é o deputado José Dirceu (PT-SP). Na atual conjuntura, não ser amigo de Dirceu passa a valer como um predicado a favor de quem deseja presidir a Câmara.

Serraglio também pode ganhar pontos pelo fato de Michel Temer não ter uma relação azeitada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há alguns meses, Temer teve um encontro com Lula sobre reforma ministerial. Saiu e deu uma entrevista dizendo que não via muitas chances de o PMDB aumentar sua participação no governo. Desde aquele episódio, Lula e Temer nunca mais se falaram. Embora seja mais ou menos um consenso de que o Planalto e o PT não terão muita escolha na sucessão de

Severino, integrantes do governo têm dito que seria conveniente que o próximo presidente da Câmara não tivesse um histórico de animosidade contra Lula. É nesse vácuo que cresce a opção por alguém como Serraglio.

 

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