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18/09/2005
-
20h31
da Folha Online
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), deve renunciar ao mandato na quarta-feira com a leitura de um discurso no plenário da Casa.
Segundo apurou a Folha Online, apesar de aliados de Severino continuarem a afirmar que nenhuma decisão foi tomada, o presidente da Câmara já teria decidido pela renúncia.
Dessa forma, Severino antecipa-se ao processo de cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar e fica liberado para tentar se eleger deputado federal novamente em 2006. Caso fosse cassado, ele permaneceria inelegível por oito anos.
Acusado de receber propina, Severino teve sua situação política agravada na semana passada, quando o empresário Sebastião Buani apresentou o cheque depositado em nome da secretária do presidente da Câmara para que ele renovasse a concessão de um dos restaurantes da Casa.
Caso a renúncia de Severino seja confirmada, a presidência da Câmara será assumida pelo primeiro vice-presidente, deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL), por um período de cinco sessões --esse é o prazo para a eleição de um novo titular.
Feijoada
Severino passou o dia de hoje em Brasília, onde recebeu em casa para uma feijoada amigos, parlamentares aliados e políticos de Pernambuco.
Oficialmente os aliados negaram a renúncia de Severino. O advogado José Eduardo Alckmin, responsável pela defesa do presidente da Câmara, disse que até quarta-feira o deputado tomará uma decisão sobre seu futuro. "Ele pode renunciar, permanecer no cargo ou se afastar temporariamente da presidência da Câmara", afirmou.
Também se reuniram com Severino os deputados Ciro Nogueira, Vagner Lago, João Caldas, Pedro Corrêa, Nilton Capixaba e Pedro Canedo.
Denúncia
A denúncia de propina recebida por Severino foi publicada pela revistas semanais há cerca de 15 dias e inicialmente não foi confirmada pelo próprio Sebastião Buani.
O empresário, no entanto, confirmou depois em entrevista coletiva o pagamento de propina ao presidente da Câmara, na época em que ele era primeiro-secretário da Casa. Buani afirmou que, em troca da exploração de restaurantes, entregou ao deputado entre R$ 110 mil e R$ 120 mil até 2003.
Pouco antes, a revista "Veja" publicou em seu site um documento assinado por Severino em 2002 que supostamente estendia o período de concessão para o restaurante de Buani. A publicação afirmou que o documento foi periciado por um especialista, que garantiu sua legitimidade. Severino negou todas as acusações.
As denúncias contra Severino ganharam mais força após o depoimento do ex-gerente do restaurante, Izeilton Carvalho, à Polícia Federal. Ele confirmou os pagamentos de propina ao presidente da Câmara e sugeriu que para comprová-los bastaria a quebra do sigilo bancário de Severino e de Buani.
O "inferno astral" de Severino é ainda anterior a essas denúncias. No final de agosto, em uma entrevista à Folha de S.Paulo, ele defendeu penas mais brandas para os parlamentares que foram beneficiados por saques das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O teor das declarações provocou polêmica na Casa e um bate-boca que ganhou as páginas dos jornais entre Severino e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
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Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Severino deve anunciar renúncia na quarta-feira
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O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), deve renunciar ao mandato na quarta-feira com a leitura de um discurso no plenário da Casa.
Segundo apurou a Folha Online, apesar de aliados de Severino continuarem a afirmar que nenhuma decisão foi tomada, o presidente da Câmara já teria decidido pela renúncia.
Dessa forma, Severino antecipa-se ao processo de cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar e fica liberado para tentar se eleger deputado federal novamente em 2006. Caso fosse cassado, ele permaneceria inelegível por oito anos.
Acusado de receber propina, Severino teve sua situação política agravada na semana passada, quando o empresário Sebastião Buani apresentou o cheque depositado em nome da secretária do presidente da Câmara para que ele renovasse a concessão de um dos restaurantes da Casa.
Caso a renúncia de Severino seja confirmada, a presidência da Câmara será assumida pelo primeiro vice-presidente, deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL), por um período de cinco sessões --esse é o prazo para a eleição de um novo titular.
Feijoada
Severino passou o dia de hoje em Brasília, onde recebeu em casa para uma feijoada amigos, parlamentares aliados e políticos de Pernambuco.
Oficialmente os aliados negaram a renúncia de Severino. O advogado José Eduardo Alckmin, responsável pela defesa do presidente da Câmara, disse que até quarta-feira o deputado tomará uma decisão sobre seu futuro. "Ele pode renunciar, permanecer no cargo ou se afastar temporariamente da presidência da Câmara", afirmou.
Também se reuniram com Severino os deputados Ciro Nogueira, Vagner Lago, João Caldas, Pedro Corrêa, Nilton Capixaba e Pedro Canedo.
Denúncia
A denúncia de propina recebida por Severino foi publicada pela revistas semanais há cerca de 15 dias e inicialmente não foi confirmada pelo próprio Sebastião Buani.
O empresário, no entanto, confirmou depois em entrevista coletiva o pagamento de propina ao presidente da Câmara, na época em que ele era primeiro-secretário da Casa. Buani afirmou que, em troca da exploração de restaurantes, entregou ao deputado entre R$ 110 mil e R$ 120 mil até 2003.
Pouco antes, a revista "Veja" publicou em seu site um documento assinado por Severino em 2002 que supostamente estendia o período de concessão para o restaurante de Buani. A publicação afirmou que o documento foi periciado por um especialista, que garantiu sua legitimidade. Severino negou todas as acusações.
As denúncias contra Severino ganharam mais força após o depoimento do ex-gerente do restaurante, Izeilton Carvalho, à Polícia Federal. Ele confirmou os pagamentos de propina ao presidente da Câmara e sugeriu que para comprová-los bastaria a quebra do sigilo bancário de Severino e de Buani.
O "inferno astral" de Severino é ainda anterior a essas denúncias. No final de agosto, em uma entrevista à Folha de S.Paulo, ele defendeu penas mais brandas para os parlamentares que foram beneficiados por saques das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O teor das declarações provocou polêmica na Casa e um bate-boca que ganhou as páginas dos jornais entre Severino e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
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