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20/09/2005
-
12h41
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Os representantes da chamada esquerda do PT --candidatos alinhados à esquerda do Campo Majoritário-- têm posições variadas quanto ao segundo turno das eleições internas, já vislumbradas com o último boletim do partido, que mostra uma polarização entre o candidato do Campo Majoritário, Ricardo Berzoini, e o candidato Valter Pomar, da chapa "A Esperança é Vermelha".
O último boletim com base em 201.096 votos apurados em 2.096 municípios, desenha um quadro em que Berzoini lidera a disputa com 42,8%, seguido por Valter Pomar, com 17%; Plínio de Arruda Sampaio, com 13,4%; Raul Pont, com 12,7%; Maria do Rosário, com 12%; Makus Sokol, com 1,4%, e Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, com 0,6%.
Mais de 800 mil militantes do partido estavam habilitados, em princípio, a votarem nas eleições de domingo, mas a comissão eleitoral calculava um comparecimento em torno de 35% do total nas urnas.
Plinio de Arruda Sampaio, da chapa "Esperança Militante", afirma que o segundo turno entre Berzoini e Pomar é a escolha entre "seis e meia dúzia". Segundo ele, até sexta-feira, seus correligionários devem apresentar uma queixa formal ao partido sobre irregularidades no processo eleitoral. "O Pomar se beneficiou do voto de cabresto", declarou.
Segundo Plinio, seu grupo político dispõe de fotos de militantes entrando em uma Kombi e de recibos de anuidades pagas (com endosso do tesoureiro local) mas em branco, o que seriam indícios dos votos de cabresto.
O candidato também diz que seus colegas que acompanham o processo de contagem dos votos ainda acreditam que ele pode ir para o segundo turno.
Afonso Magalhães, representante da chapa "Movimento Popular", que apóia o candidato Gegê, disse que ainda não existe uma posição estabelecida entre os integrantes do grupo sobre o segundo turno. "É claro que dentro da chapa existe uma tendência por uma posição, que pode ser por apoiar o candidato A, o candidato B ou liberar a base para apoiar qualquer candidato", diz Afonso.
Apesar da chapa e de seu candidato serem identificados como de linha mais radical, Afonso argumentou que não há um alinhamento automático com uma candidatura contra Berzoini. "Não temos preconceito contra nenhuma candidatura. Essa posição, inclusive, é a do Gegê."
Ele acusou que vários candidatos da esquerda do PT que se posicionaram contra Berzoini tem um posicionamento "artificializado", somente para criar polarização. "Tem muito candidato que a base não vai seguir", afirma.
Já Maria do Rosário declarou que sua posição pessoal é inclinada a apoiar um candidato de contraponto ao Campo Majoritário, mas uma decisão em caráter definitivo será debatido dentro de sua corrente, o Movimento PT, após a conclusão do processo de apuração de votos.
Antes das eleições internas do PT, houve um debate entre as várias correntes de esquerda para avaliar o cenário para o segundo turno. O chamado Campo Majoritário, o grupo político que domina a sigla desde 1995, foi alvo da maioria das críticas dos demais petistas, sendo responsabilizado pela crise atual do partido.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições do PT
Esquerda do PT ainda avalia apoio a Pomar e oposição a Berzoini
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Os representantes da chamada esquerda do PT --candidatos alinhados à esquerda do Campo Majoritário-- têm posições variadas quanto ao segundo turno das eleições internas, já vislumbradas com o último boletim do partido, que mostra uma polarização entre o candidato do Campo Majoritário, Ricardo Berzoini, e o candidato Valter Pomar, da chapa "A Esperança é Vermelha".
O último boletim com base em 201.096 votos apurados em 2.096 municípios, desenha um quadro em que Berzoini lidera a disputa com 42,8%, seguido por Valter Pomar, com 17%; Plínio de Arruda Sampaio, com 13,4%; Raul Pont, com 12,7%; Maria do Rosário, com 12%; Makus Sokol, com 1,4%, e Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, com 0,6%.
Mais de 800 mil militantes do partido estavam habilitados, em princípio, a votarem nas eleições de domingo, mas a comissão eleitoral calculava um comparecimento em torno de 35% do total nas urnas.
Plinio de Arruda Sampaio, da chapa "Esperança Militante", afirma que o segundo turno entre Berzoini e Pomar é a escolha entre "seis e meia dúzia". Segundo ele, até sexta-feira, seus correligionários devem apresentar uma queixa formal ao partido sobre irregularidades no processo eleitoral. "O Pomar se beneficiou do voto de cabresto", declarou.
Segundo Plinio, seu grupo político dispõe de fotos de militantes entrando em uma Kombi e de recibos de anuidades pagas (com endosso do tesoureiro local) mas em branco, o que seriam indícios dos votos de cabresto.
O candidato também diz que seus colegas que acompanham o processo de contagem dos votos ainda acreditam que ele pode ir para o segundo turno.
Afonso Magalhães, representante da chapa "Movimento Popular", que apóia o candidato Gegê, disse que ainda não existe uma posição estabelecida entre os integrantes do grupo sobre o segundo turno. "É claro que dentro da chapa existe uma tendência por uma posição, que pode ser por apoiar o candidato A, o candidato B ou liberar a base para apoiar qualquer candidato", diz Afonso.
Apesar da chapa e de seu candidato serem identificados como de linha mais radical, Afonso argumentou que não há um alinhamento automático com uma candidatura contra Berzoini. "Não temos preconceito contra nenhuma candidatura. Essa posição, inclusive, é a do Gegê."
Ele acusou que vários candidatos da esquerda do PT que se posicionaram contra Berzoini tem um posicionamento "artificializado", somente para criar polarização. "Tem muito candidato que a base não vai seguir", afirma.
Já Maria do Rosário declarou que sua posição pessoal é inclinada a apoiar um candidato de contraponto ao Campo Majoritário, mas uma decisão em caráter definitivo será debatido dentro de sua corrente, o Movimento PT, após a conclusão do processo de apuração de votos.
Antes das eleições internas do PT, houve um debate entre as várias correntes de esquerda para avaliar o cenário para o segundo turno. O chamado Campo Majoritário, o grupo político que domina a sigla desde 1995, foi alvo da maioria das críticas dos demais petistas, sendo responsabilizado pela crise atual do partido.
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