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20/09/2005
-
13h57
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, já caiu em contradição várias vezes em seu depoimento na CPI dos Bingos. A primeira, apontada pelo relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que também acompanha a reunião, se refere às contas de Barcelona no exterior. Ao abrir seu depoimento, o doleiro afirmou não ter contas no exterior, depois ao ser pressionado, confirmou ter contas na Suíça, Estados Unidos, Ilhas Virgens Britânicas e Uruguai.
Outra contradição de Barcelona foi a declaração dada no início do seu depoimento, na qual ele garantiu que não tinha clientes entre as autoridades públicas ou políticas. Novamente pressionado, desta vez pelo relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), Barcelona acabou confirmando que a sua agência, a Barcelona Tour, contava com clientes entre juízes e policiais federais. Ele citou os nomes de vários juízes e policiais, mas afirmou que seus trabalhos para eles se limitaram a pacotes de viagem e não a operações cambiais.
Barcelona disse que sempre evitou trabalhar diretamente para partidos políticos. Ele disse que relutou muito em fazer a operação de troca de recursos para o PT. Segundo Barcelona, no momento que antecedeu as eleições de 2002, havia dificuldade no mercado de se conseguir reais em dinheiro, ou como ele chama, "reais vivos". "Tinha dólares sobrando no mercado e faltando reais", explicou o doleiro.
Indagado por mais detalhes da operação, Barcelona afirmou: "Quando se aproximaram as campanhas eleitorais, casualmente, as operações de câmbio se tornaram mais freqüentes. E em uma das ocasiões foi solicitado um depósito, por um filho ou assessor do senhor [Devanir Ribeiro (PT-SP)]. O depósito foi feito em dinheiro e o destino era o PT. Não era um volume expressivo. Eu só sei que foi feito um depósito."
Em mais um momento de contradição, o doleiro confirmou primeiro que já tinha feito doações para campanhas políticas. Novamente pressionado, ele informou que fez este tipo de doação, mas não lembra nem quando fez, o valor da doação, nem qual o partido a recebeu.
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Barcelona se contradiz ao falar de contas no exterior
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da Folha Online, em Brasília
O doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, já caiu em contradição várias vezes em seu depoimento na CPI dos Bingos. A primeira, apontada pelo relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que também acompanha a reunião, se refere às contas de Barcelona no exterior. Ao abrir seu depoimento, o doleiro afirmou não ter contas no exterior, depois ao ser pressionado, confirmou ter contas na Suíça, Estados Unidos, Ilhas Virgens Britânicas e Uruguai.
Outra contradição de Barcelona foi a declaração dada no início do seu depoimento, na qual ele garantiu que não tinha clientes entre as autoridades públicas ou políticas. Novamente pressionado, desta vez pelo relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), Barcelona acabou confirmando que a sua agência, a Barcelona Tour, contava com clientes entre juízes e policiais federais. Ele citou os nomes de vários juízes e policiais, mas afirmou que seus trabalhos para eles se limitaram a pacotes de viagem e não a operações cambiais.
Lula Marques/Folha Imagem |
O doleiro Toninho da Barcelona |
Indagado por mais detalhes da operação, Barcelona afirmou: "Quando se aproximaram as campanhas eleitorais, casualmente, as operações de câmbio se tornaram mais freqüentes. E em uma das ocasiões foi solicitado um depósito, por um filho ou assessor do senhor [Devanir Ribeiro (PT-SP)]. O depósito foi feito em dinheiro e o destino era o PT. Não era um volume expressivo. Eu só sei que foi feito um depósito."
Em mais um momento de contradição, o doleiro confirmou primeiro que já tinha feito doações para campanhas políticas. Novamente pressionado, ele informou que fez este tipo de doação, mas não lembra nem quando fez, o valor da doação, nem qual o partido a recebeu.
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