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27/09/2005 - 21h29

Minas impõe derrota a Pomar na disputa petista

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

A baixa votação de Valter Pomar (Articulação de Esquerda) em Minas Gerais, o segundo colégio eleitoral do PT, foi decisiva para ele ficar de fora da disputa em segundo turno pela presidência nacional do partido contra Ricardo Berzoini (Campo Majoritário). Petistas de Minas dizem que ele foi vítima da "maldição Virgílio Guimarães" por ter defendido a expulsão do deputado mineiro do PT.

Entre os principais candidatos a presidente do PT, Pomar foi somente o quinto colocado em Minas Gerais, com apenas 5,05% dos votos. O quarto colocado entre os petistas mineiros foi justamente Raul Pont (Democracia Socialista), que passou para o segundo turno. Ele obteve 17,22% dos votos. Em números absolutos, Pomar obteve 1.235 votos, contra 4.209 de Pont.

Pomar defendeu abertamente a expulsão de Virgílio, que havia lançado candidatura dissidente à presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro, contrariando a bancada do PT, que tinha optado pelo deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP). Isso resultou na eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) e, em maio, Virgílio foi suspenso pela direção nacional do partido por um ano.

O deputado estadual Durval Ângelo (Tribo, grupo local que apóia Pont), disse que é corrente na seção mineira do PT que Pomar é vítima da "maldição Virgílio".

"Ele defendeu a expulsão do Virgílio, que é um grande eleitor em Minas, e já tinha sido vaiado aqui por causa disso", disse Durval, lembrando uma plenária das esquerdas do PT realizada em Belo Horizonte em maio. "E, em agosto, a Articulação de Esquerda soltou um documento lembrando isso", completou.

Independentemente disso, a Articulação de Esquerda também não tem expressão no Estado, tanto que o candidato da corrente em Minas, o deputado federal César Medeiros, obteve apenas 4,8% dos votos na disputa pela presidência regional.

Em Minas, Berzoini chegou em primeiro lugar com 29,43% dos votos. O segundo lugar coube a Maria do Rosário (Movimento PT, a corrente de Virgílio), com 23,86%, seguida por Plínio de Arruda Sampaio (independente), com 22,50%. Votaram 26.294 dos cerca de 83 mil petistas que estavam aptos.

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