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29/09/2005
-
12h36
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O esvaziamento da CPI dos Correios impediu a votação sobre a quebra do sigilo bancário de corretoras envolvidas com o escândalo do "mensalão". Iniciada a discussão dos requerimentos, deputados petistas e do PP deixaram a sessão.
Sem quorum, não foi possível votar os requerimentos de quebra de sigilo bancário de corretoras que operaram recursos de fundos de pensão e provocaram prejuízos próximos a R$ 9 milhões e de pessoas apontadas como beneficiárias da corretora Bônus Banval e da Natimar, empresa que seria fonte de recursos para doleiros e teria intermediado investimentos de Marcos Valério Fernandes de Souza.
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) acusou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) de articular o esvaziamento. "Ela mandou um deputado do PP embora", afirmou repetidas vezes.
Ideli negou e atacou o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFl-BA), que a chamou de mentirosa. Na reunião passada, um requerimento deveria ser votado na CPI, mas não houve quorum.
"É interessante perceber que o governo é acusado de desviar o foco das CPIS e desobstruir os trabalhos, mas não há como entender a atitude de deputados e senadores que apresentam requerimentos e não comparecem nem para defender sua solicitação nas reuniões da CPI", afirmou em referência, por exemplo, a ACM.
A manobra levou o presidente da CPI, o petista Delcídio Amaral (MS), a anunciar que vai prorrogar os trabalhos da comissão, previstos para terminar no dia 15 de dezembro. "É lamentável que a bancada do governo não esteja presente. Isso é triste", afirmou. "Os atrasos serão estendidos para a semana que vem", disse.
Os integrantes da comissão ouvem nesta quinta-feira, a portas fechadas, o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho. Ele depôs ao Ministério Público e revelou detalhes do esquema de pagamento de propina na estatal e influência política para a contratação de empresas. Em função desses depoimentos sigilosos ao MP, os integrantes da comissão decidiram ouvir Marinho reservadamente.
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Falta de quorum na CPI dos Correios impede votação de quebra de sigilos
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da Folha Online, em Brasília
O esvaziamento da CPI dos Correios impediu a votação sobre a quebra do sigilo bancário de corretoras envolvidas com o escândalo do "mensalão". Iniciada a discussão dos requerimentos, deputados petistas e do PP deixaram a sessão.
Sem quorum, não foi possível votar os requerimentos de quebra de sigilo bancário de corretoras que operaram recursos de fundos de pensão e provocaram prejuízos próximos a R$ 9 milhões e de pessoas apontadas como beneficiárias da corretora Bônus Banval e da Natimar, empresa que seria fonte de recursos para doleiros e teria intermediado investimentos de Marcos Valério Fernandes de Souza.
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) acusou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) de articular o esvaziamento. "Ela mandou um deputado do PP embora", afirmou repetidas vezes.
Ideli negou e atacou o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFl-BA), que a chamou de mentirosa. Na reunião passada, um requerimento deveria ser votado na CPI, mas não houve quorum.
"É interessante perceber que o governo é acusado de desviar o foco das CPIS e desobstruir os trabalhos, mas não há como entender a atitude de deputados e senadores que apresentam requerimentos e não comparecem nem para defender sua solicitação nas reuniões da CPI", afirmou em referência, por exemplo, a ACM.
A manobra levou o presidente da CPI, o petista Delcídio Amaral (MS), a anunciar que vai prorrogar os trabalhos da comissão, previstos para terminar no dia 15 de dezembro. "É lamentável que a bancada do governo não esteja presente. Isso é triste", afirmou. "Os atrasos serão estendidos para a semana que vem", disse.
Os integrantes da comissão ouvem nesta quinta-feira, a portas fechadas, o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho. Ele depôs ao Ministério Público e revelou detalhes do esquema de pagamento de propina na estatal e influência política para a contratação de empresas. Em função desses depoimentos sigilosos ao MP, os integrantes da comissão decidiram ouvir Marinho reservadamente.
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