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29/09/2005 - 22h41

Governo nunca foi "cachorro morto", diz ministro Dulci

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Um dia após a vitória do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) para presidente da Câmara, o governo mostra que vai usá-la para buscar um novo prumo, embora ainda em meio à crise política.

O ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) disse que a vitória de Aldo é também do governo. E que o resultado mostra que "existe uma base do governo" naquela Casa, ao contrário do que os "catastrofistas tentaram fazer crer", e que o governo nunca foi "cachorro morto".

O ministro afirmou que o resultado foi motivo de "muita felicidade" para o governo, mas negou que o Executivo tenha usado o "rolo compressor" para derrotar a oposição. Para ele, foi uma vitória que "dá início ao resgate da própria imagem da Câmara".

"É também uma vitória dos partidos da base do governo e do próprio governo, já que nós apoiamos o deputado Aldo Rebelo. Estamos muito felizes com isso, e, ao contrário do que tantos catastrofistas previram, ou tentaram fazer crer a sociedade brasileira, existe uma base aliada na Câmara, o governo tem capacidade de articulá-la. Para nós é motivo de muita felicidade."

Questionado se, apesar da vitória apertada (15 votos de diferença), o governo deixaria o papel de cachorro morto, Dulci disse: "O governo nunca assumiu papel de cachorro morto. Os adversários é que tentaram, artificialmente, tratar o governo assim. O governo nunca aceitou. E está visível agora que essa nunca foi a condição verdadeira do governo".

Para o petista, foi uma "boa diferença", mesmo reconhecendo que as oposições têm força na Casa. "A oposição revelou que tem força, mas é minoria. Os partidos que apóiam o governo se revelaram maioria."

Ao negar o "rolo compressor" do governo, com ministros pressionando deputados e prometendo verbas aos parlamentares, Dulci aproveitou para lembrar que foram PFL e PSDB que elegeram Severino Cavalcanti (PP-PE) -- presidente da Câmara que renunciou ao mandato acusado de receber propina.

Sobre o embate com o governo que governadores de oposição estão prevendo na aprovação do Orçamento de 2006 pelo Congresso, especialmente no caso de repasses da Lei Kandir (que compensa as isenções que os Estados dão para os produtos exportados), ele disse que isso faz parte de uma negociação, mas criticou:

"O problema da Lei Kandir foi criado no governo anterior. Os governadores do PSDB deveriam considerar esse aspecto. Não foi uma inovação legislativa do atual governo."

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