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30/09/2005 - 23h10

Governadores trocam de partido no prazo final de filiação

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EDUARDO DE OLIVEIRA
JOSÉ EDUARDO RONDON
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha

No último dia do prazo de filiação para concorrer nas eleições do ano que vem, dois governadores entraram em novos partidos. José Reinaldo Tavares (MA) se filiou ao PSB e Paulo Hartung (ES) ingressou no PMDB. Outros três governadores já haviam se integrado a outros partidos ao longo deste mês.

O governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, declarou que foi para o PSB para tentar conseguir mais apoio e recursos do governo federal.

Afirmou que o PTB, seu ex-partido, tem "dificuldade de união" e não o ajudou "em nada" nessa tarefa. "O PTB não deu certo, não me ajudou, virou uma confusão", disse o governador.

Em dezembro do ano passado, Tavares trocou o PFL, legenda pela qual se elegeu, pelo PTB. O governador disse que naquela época foi convidado a entrar no PSB pelo então presidente nacional do partido, Miguel Arraes, que morreu em agosto.

Ele disse que não assinou a filiação naquela ocasião porque o presidente Lula havia pedido para que ele fosse para o PTB. Sobre seu futuro político, Tavares, reeleito, disse que cumprirá seu mandato até o fim e não se lançará candidato a nenhum cargo.

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (que estava sem partido), também formalizou seu ingresso no PMDB. Ainda indefinido sobre a possibilidade de se lançar à reeleição ou concorrer a uma vaga no Sendo, ele levou consigo 18 prefeitos capixabas e cinco secretários de Estado para o novo partido.

Outro que foi para o PMDB e levou aliados foi o governador do Amazonas, Eduardo Braga, pré-candidato à reeleição. Ele era do PPS e assinou a ficha de filiação à nova legenda na terça-feira.

Foram com ele para o novo partido o deputado federal Átila Lins (ex-PPS), além de seis deputados estaduais e dois vereadores. Até o fechamento desta edição, prefeitos negociavam migrar para o partido. Havia uma expectativa de que 20 mudariam para o PMDB sob a influência de Braga.

Ivo Cassol, governador de Rondônia, eleito pelo PSDB, deixou o partido em julho, numa manobra que evitou sua expulsão do quadro político tucano. A Executiva Nacional do PSDB havia instaurado uma comissão de ética para investigar a conduta de Cassol à frente do governo.

Após ficar cerca de dois meses sem partido, Cassol se filiou ao PPS, no dia 14 de setembro.

O governador de Roraima, Ottomar Pinto, deixou o PTB e foi para o PSDB. Por meio da Secretaria de Comunicação do governo, ele disse que a mudança ocorreu em razão de seu descontentamento com o governo federal.

No entendimento de Ottomar, que anunciou sua filiação ao PSDB em 13 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou decisões que contrariaram os interesses do Estado, como no caso da homologação contínua da reserva indígena Raposa/Serra do Sol.

Tanto Cassol quanto Ottomar estão nos seus primeiros mandatos e são prováveis pré-candidatos à reeleição.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre José Reinaldo Tavares
  • Leia o que já foi publicado sobre Paulo Hartung
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