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04/10/2005
-
12h12
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Correios aprovou nesta terça-feira a quebra do sigilo bancário de 11 corretoras que teriam causado prejuízo a seis fundos de pensão em operações de compra e venda de títulos públicos.
O levantamento, feito pelo deputado Ônix Lorenzoni (PFL-RS), mostra que as corretoras --Elite, Socopa, Agenda, Millenium, Clicktrade, Dillon, Quantia, Nominal, Euro, Walpires e Planner-- fizeram operações atípicas de curto prazo e geraram prejuízos que chegam a R$ 9 milhões.
A desconfiança da oposição é de que as operações destas corretoras desviavam recursos dos fundos de pensão para o esquema de corrupção investigado pela CPI. Uma das linhas de investigação dos parlamentares é se esse dinheiro financiou o caixa dois do PT.
Na semana retrasada, a CPI tentou votar a quebra destes sigilos, mas houve falta de quorum de parlamentares governistas e da oposição. Na última semana, nova tentativa de votação foi feita, mas, por iniciativa da base governista, a sessão foi derrubada.
Ontem, o presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), ameaçou colocar o cargo à disposição, caso os partidos continuem a manobrar regimentalmente para não votar os requerimentos de quebra de sigilo, causando a falta do número mínimo de parlamentares na sessão.
Planner
Do total do prejuízo, calculado com base em informações da SPC (Secretaria de Previdência Complementar), uma parcela de R$ 4 milhões foi contabilizada pela fundação Serpros (da estatal de processamento de dados), decorrente de cinco operações realizadas pela corretora Planner.
Carlos Arnaldo Borges de Souza, presidente da Planner, disse que apenas cumpriu ordens do cliente e que os preços de compra e venda dos papéis foram sugeridas pela Serpros.
Com Folha de S.Paulo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Correios
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
CPI dos Correios aprova quebra de sigilo de 11 corretoras
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da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Correios aprovou nesta terça-feira a quebra do sigilo bancário de 11 corretoras que teriam causado prejuízo a seis fundos de pensão em operações de compra e venda de títulos públicos.
O levantamento, feito pelo deputado Ônix Lorenzoni (PFL-RS), mostra que as corretoras --Elite, Socopa, Agenda, Millenium, Clicktrade, Dillon, Quantia, Nominal, Euro, Walpires e Planner-- fizeram operações atípicas de curto prazo e geraram prejuízos que chegam a R$ 9 milhões.
A desconfiança da oposição é de que as operações destas corretoras desviavam recursos dos fundos de pensão para o esquema de corrupção investigado pela CPI. Uma das linhas de investigação dos parlamentares é se esse dinheiro financiou o caixa dois do PT.
Na semana retrasada, a CPI tentou votar a quebra destes sigilos, mas houve falta de quorum de parlamentares governistas e da oposição. Na última semana, nova tentativa de votação foi feita, mas, por iniciativa da base governista, a sessão foi derrubada.
Ontem, o presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), ameaçou colocar o cargo à disposição, caso os partidos continuem a manobrar regimentalmente para não votar os requerimentos de quebra de sigilo, causando a falta do número mínimo de parlamentares na sessão.
Planner
Do total do prejuízo, calculado com base em informações da SPC (Secretaria de Previdência Complementar), uma parcela de R$ 4 milhões foi contabilizada pela fundação Serpros (da estatal de processamento de dados), decorrente de cinco operações realizadas pela corretora Planner.
Carlos Arnaldo Borges de Souza, presidente da Planner, disse que apenas cumpriu ordens do cliente e que os preços de compra e venda dos papéis foram sugeridas pela Serpros.
Com Folha de S.Paulo
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