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04/10/2005
-
15h26
da Folha Online
O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos admitiu nesta terça-feira ter participação indireta no recebimento de R$ 100 mil provenientes de conta do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Em depoimento à CPI do Mensalão, Santos disse que, apesar de não ter recebido diretamente esses recursos, o dinheiro foi utilizado na quitação de dívidas da campanha de Benedita da Silva ao governo do Rio de Janeiro em 2002.
Santos, que foi tesoureiro da campanha de Benedita, disse que não cuidou do levantamento desses recursos e que credenciou Carlos Manoel da Costa Lima, outro coordenador da campanha, para cobrar o dinheiro e pagar os fornecedores.
À CPI, Santos informou que a campanha de Benedita custou R$ 2,6 milhões e que ficaram dívidas de cerca de R$ 170 mil. Segundo ele, foi por causa desta dívida que ele decidiu pedir ajuda do então tesoureiro do PT Delúbio Soares para quitar a dívida.
De acordo com a lista de saques apresentada por Valério, Santos teria recebido R$ 2,6 milhões, o mesmo valor gasto na campanha de Benedita.
Sobre a coincidência dos números, o ex-tesoureiro disse que os valores não têm ligação, já que a prestação de contas da campanha foi feita em 2002 e os supostos saques ocorreram entre abril de 2003 e julho de 2004.
Encontros
Santos afirmou que a primeira reunião que teve com Valério ocorreu em 2003, quando foi procurado pelo empresário. Na ocasião, Valério teria oferecido os serviços de sua agência de publicidade para divulgar as ações da Casa da Moeda --oferta que foi recusada, segundo ele.
O ex-presidente da Casa da Moeda disse que ele teve a iniciativa de ter outros encontros com Marcos Valério --três deles ocorridos em 2003, um em 2004 e dois em 2005. Ele disse que queria que o empresário intermediasse reuniões dele com a Brasil Telecom, pois a Casa da Moeda estava interessada em voltar a produzir cartões telefônicos.
Com Agência Câmara
Especial
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Ex-presidente da Casa da Moeda reconhece saque de R$ 100 mil
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O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos admitiu nesta terça-feira ter participação indireta no recebimento de R$ 100 mil provenientes de conta do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Em depoimento à CPI do Mensalão, Santos disse que, apesar de não ter recebido diretamente esses recursos, o dinheiro foi utilizado na quitação de dívidas da campanha de Benedita da Silva ao governo do Rio de Janeiro em 2002.
Santos, que foi tesoureiro da campanha de Benedita, disse que não cuidou do levantamento desses recursos e que credenciou Carlos Manoel da Costa Lima, outro coordenador da campanha, para cobrar o dinheiro e pagar os fornecedores.
À CPI, Santos informou que a campanha de Benedita custou R$ 2,6 milhões e que ficaram dívidas de cerca de R$ 170 mil. Segundo ele, foi por causa desta dívida que ele decidiu pedir ajuda do então tesoureiro do PT Delúbio Soares para quitar a dívida.
De acordo com a lista de saques apresentada por Valério, Santos teria recebido R$ 2,6 milhões, o mesmo valor gasto na campanha de Benedita.
Sobre a coincidência dos números, o ex-tesoureiro disse que os valores não têm ligação, já que a prestação de contas da campanha foi feita em 2002 e os supostos saques ocorreram entre abril de 2003 e julho de 2004.
Encontros
Santos afirmou que a primeira reunião que teve com Valério ocorreu em 2003, quando foi procurado pelo empresário. Na ocasião, Valério teria oferecido os serviços de sua agência de publicidade para divulgar as ações da Casa da Moeda --oferta que foi recusada, segundo ele.
O ex-presidente da Casa da Moeda disse que ele teve a iniciativa de ter outros encontros com Marcos Valério --três deles ocorridos em 2003, um em 2004 e dois em 2005. Ele disse que queria que o empresário intermediasse reuniões dele com a Brasil Telecom, pois a Casa da Moeda estava interessada em voltar a produzir cartões telefônicos.
Com Agência Câmara
Especial
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