Publicidade
Publicidade
11/10/2005
-
21h08
da Folha Online
O dono da empresa Natimar, o argentino Carlos Alberto Quaglia, afirmou nesta terça-feira à CPI dos Correios que a corretora Bônus-Banval depositou R$ 6,5 milhões na conta de sua empresa por engano.
Segundo Quaglia, Enivaldo Quadrado, um dos sócios da Bônus-Banval, lhe disse, em 2004, que não poderia fazer o estorno desse dinheiro uma vez que sua corretora estava sob auditoria.
Quaglia acusou a Bônus-Banval de utilizar a conta de sua empresa para lavar dinheiro. "Quadrado estava usando a Natimar para encobrir operações ilegais", afirmou o empresário.
A Natimar e a Bônus-Banval são investigadas pela CPI dos Correios por suspeita de participação no esquema de lavagem de dinheiro operado pelo empresário Marcos Valério de Souza. Quaglia negou conhecer Valério.
O empresário argentino responde a três processos no Brasil: um por lavagem de dinheiro e dois por falsidade ideológica. Em seu depoimento, ele não convenceu os parlamentares ao explicar como aumentou o capital de sua empresa de R$ 10 mil para R$ 500 mil.
"Recebi de amigos e da família o dinheiro para aumentar o capital social. Foram empréstimos pessoais, toda a minha vida foi assim".
Quaglia também foi questionado sobre a operação em que trouxe ao Brasil US$ 14,6 milhões por meio de uma operação com a empresa de trading paraguaia Discovery. Segundo ele, a operação destinava-se a compra de equipamentos para exportação, principalmente tratores.
O empresário disse ter comprado, por cerca de US$ 600 mil, quatro tratores usados que teriam sido exportados para o Uruguai e Holanda.
Como as outras operações não se concretizaram e o empresário teria recebido todo o dinheiro antecipadamente, ele montou uma operação em que transformou a antecipação dos recursos em empréstimo. Assim, teria uma justificativa legal a apresentar ao Banco Central sobre a utilização dos recursos.
O que intrigou os parlamentares, como o sub-relator de movimentação financeira na CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PDSB-PR), foi como o empresário argentino radicado em Santa Catarina conseguiu convencer a empresa Discovery a lhe antecipar US$ 14 milhões se o seu patrimônio somava cerca de R$ 500 mil.
Quaglia disse, ainda, que o analista de mercado Najun Turner deu "carta branca" para operar com a compra e venda de ativos no mercado pela empresa Natimar.
Turner disse à CPI que, em 1995, passou a prestar consultoria ao empresário argentino a quem conhecia a algum tempo. A operação dos US$ 14,6 milhões, que de antecipação para exportações virou empréstimo, segundo Quaglia, foi orientada pelo próprio Turner.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Empresário diz que Bônus-Banval fez depósito em sua conta por engano
Publicidade
O dono da empresa Natimar, o argentino Carlos Alberto Quaglia, afirmou nesta terça-feira à CPI dos Correios que a corretora Bônus-Banval depositou R$ 6,5 milhões na conta de sua empresa por engano.
Segundo Quaglia, Enivaldo Quadrado, um dos sócios da Bônus-Banval, lhe disse, em 2004, que não poderia fazer o estorno desse dinheiro uma vez que sua corretora estava sob auditoria.
Quaglia acusou a Bônus-Banval de utilizar a conta de sua empresa para lavar dinheiro. "Quadrado estava usando a Natimar para encobrir operações ilegais", afirmou o empresário.
A Natimar e a Bônus-Banval são investigadas pela CPI dos Correios por suspeita de participação no esquema de lavagem de dinheiro operado pelo empresário Marcos Valério de Souza. Quaglia negou conhecer Valério.
O empresário argentino responde a três processos no Brasil: um por lavagem de dinheiro e dois por falsidade ideológica. Em seu depoimento, ele não convenceu os parlamentares ao explicar como aumentou o capital de sua empresa de R$ 10 mil para R$ 500 mil.
"Recebi de amigos e da família o dinheiro para aumentar o capital social. Foram empréstimos pessoais, toda a minha vida foi assim".
Quaglia também foi questionado sobre a operação em que trouxe ao Brasil US$ 14,6 milhões por meio de uma operação com a empresa de trading paraguaia Discovery. Segundo ele, a operação destinava-se a compra de equipamentos para exportação, principalmente tratores.
O empresário disse ter comprado, por cerca de US$ 600 mil, quatro tratores usados que teriam sido exportados para o Uruguai e Holanda.
Como as outras operações não se concretizaram e o empresário teria recebido todo o dinheiro antecipadamente, ele montou uma operação em que transformou a antecipação dos recursos em empréstimo. Assim, teria uma justificativa legal a apresentar ao Banco Central sobre a utilização dos recursos.
O que intrigou os parlamentares, como o sub-relator de movimentação financeira na CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PDSB-PR), foi como o empresário argentino radicado em Santa Catarina conseguiu convencer a empresa Discovery a lhe antecipar US$ 14 milhões se o seu patrimônio somava cerca de R$ 500 mil.
Quaglia disse, ainda, que o analista de mercado Najun Turner deu "carta branca" para operar com a compra e venda de ativos no mercado pela empresa Natimar.
Turner disse à CPI que, em 1995, passou a prestar consultoria ao empresário argentino a quem conhecia a algum tempo. A operação dos US$ 14,6 milhões, que de antecipação para exportações virou empréstimo, segundo Quaglia, foi orientada pelo próprio Turner.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice