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18/10/2005 - 13h32

Declaração de Pedro Corrêa causa mal-estar no Conselho de Ética

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Único dos 11 deputado alvos de representações a acompanhar o sorteio dos relatores dos processos no Conselho de Ética, o deputado Pedro Corrêa (PP-PE) criou nesta terça-feira um mal-estar ao comentar favoravelmente a indicação do relator do seu processo, que é o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

"Certamente ele [Sampaio] vai ter uma conduta correta a vai me inocentar", comentou Correia após a indicação.

Ao ouvir o comentário do presidente do PP, Sampaio tentou se desvincular da imagem de que estaria predisposto a trabalhar para inocentar Corrêa.

"Ele pode tentar sugestionar tanto à imprensa quanto aos conselheiros dizendo que está totalmente tranqüilo de que vou inocentá-lo. Ele ficar tranqüilo quanto aos seus atos é uma coisa. Ele age de uma forma até a afrontar a minha isenção no Conselho de Ética. Acho que ele agiu mal ao falar assim e pode ter surpresas que sejam negativas para ele", disse o relator.

Sampaio fez questão de deixar claro que não é amigo de Pedro Corrêa, afirmando que não o conhece nem mesmo que de forma superficial. "Nunca conversei com ele. O vi hoje na reunião."

Corrêa, que não acompanhou as declarações do relator do seu processo, afirmou ainda que vai procurar Sampaio para uma conversa. "Vou conversar com o Carlos Sampaio para que eu possa ser ouvido o mais rápido possível. Não tenho nada com isso, quero encerrar logo esse processo. Sou inocente", afirmou.

Imparcialidade

A preocupação com a imparcialidade foi uma constante na reunião de hoje do Conselho de Ética.

Antes do sorteio, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu para que seu nome fosse retirado da lista de possíveis relatores do processo de Roberto Brant (PFL-MG) alegando impedimento.

Alencar irá relatar o processo de Wanderval Santos (PL-SP).

Antes de encerrar a reunião, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), confirmou sua intenção de criar três subcomissões a serem presididas pelos relatores dos processos para que os depoimentos possam ser prestados de forma mais rápida.

Com isto, segundo Izar, as reuniões do Conselho seriam somente realizadas para questões deliberativas.

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