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18/10/2005
-
18h03
da Folha Online
A deputada federal Angela Guadagnin (PT-SP) pediu vistas do voto pela cassação do deputado José Dirceu (PT-SP), a cargo do relator Júlio Delgado (PSB-MG). Na prática, o pedido de vistas da deputada atrasa a votação no Conselho do pedido de cassação para sexta-feira, às 9h. É preciso que o pedido seja aprovado nessa instância antes de seguir para o plenário da Câmara.
"Sua cassação se impõe como meio de restaurar a dignidade e a credibilidade desta Casa", afirmou Delgado.
No documento, Delgado faz um resumo de todas as ações feitas pelo Conselho para apurar as denúncias contra Dirceu, que responde a processo por quebra de decoro parlamentar.
O PTB alega que Dirceu comandou o esquema montado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, para a arrecadação de dinheiro e pagamento do chamado "mensalão" aos deputados da base aliada ao governo. A acusação é apoiada em declarações do próprio Marcos Valério e de sua mulher, Renilda Santiago.
Em sua defesa, Dirceu rebate as acusações ao afirmar que seu envolvimento não é corroborado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que teria montado o esquema de distribuição de recursos junto com Marcos Valério.
O parlamentar também menciona o fato de que representantes dos bancos BMG e Rural não ratificam a afirmação de ele estava envolvido ou tinha conhecimento do esquema. O Rural e o BMG são as instituições financeiras que supostamente forneceram os recursos, mediante empréstimo, a Marcos Valério, que posteriormente repartiu entre parlamentares.
Dirceu ainda argumenta que as acusações contra ele tratam de fatos que ocorreram na época em que era ministro da Casa Civil e portanto não deveriam ser julgadas pelo Conselho de Ética.
Delgado foi indicado como relator no dia 10 de agosto. Foram ouvidas como testemunhas de defesa o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, os deputados federais Aldo Rebelo (PC do B-SP), Eduardo Campos (PSB-PE) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), além do jornalista Fernando Morais. Kátia Rabello, a presidente do banco Rural, foi a única de testemunha de acusação a depor.
O PTB chegou a tentar retirar o processo contra Dirceu, mas o pedido foi recusado pelo Conselho.
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Deputada do PT pede vistas do voto pela cassação de Dirceu
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A deputada federal Angela Guadagnin (PT-SP) pediu vistas do voto pela cassação do deputado José Dirceu (PT-SP), a cargo do relator Júlio Delgado (PSB-MG). Na prática, o pedido de vistas da deputada atrasa a votação no Conselho do pedido de cassação para sexta-feira, às 9h. É preciso que o pedido seja aprovado nessa instância antes de seguir para o plenário da Câmara.
"Sua cassação se impõe como meio de restaurar a dignidade e a credibilidade desta Casa", afirmou Delgado.
No documento, Delgado faz um resumo de todas as ações feitas pelo Conselho para apurar as denúncias contra Dirceu, que responde a processo por quebra de decoro parlamentar.
O PTB alega que Dirceu comandou o esquema montado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, para a arrecadação de dinheiro e pagamento do chamado "mensalão" aos deputados da base aliada ao governo. A acusação é apoiada em declarações do próprio Marcos Valério e de sua mulher, Renilda Santiago.
Em sua defesa, Dirceu rebate as acusações ao afirmar que seu envolvimento não é corroborado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que teria montado o esquema de distribuição de recursos junto com Marcos Valério.
O parlamentar também menciona o fato de que representantes dos bancos BMG e Rural não ratificam a afirmação de ele estava envolvido ou tinha conhecimento do esquema. O Rural e o BMG são as instituições financeiras que supostamente forneceram os recursos, mediante empréstimo, a Marcos Valério, que posteriormente repartiu entre parlamentares.
Dirceu ainda argumenta que as acusações contra ele tratam de fatos que ocorreram na época em que era ministro da Casa Civil e portanto não deveriam ser julgadas pelo Conselho de Ética.
Delgado foi indicado como relator no dia 10 de agosto. Foram ouvidas como testemunhas de defesa o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, os deputados federais Aldo Rebelo (PC do B-SP), Eduardo Campos (PSB-PE) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), além do jornalista Fernando Morais. Kátia Rabello, a presidente do banco Rural, foi a única de testemunha de acusação a depor.
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