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18/10/2005
-
21h13
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Deputados e senadores do PFL e PSDB insistiam desde o início da CPI dos Correios para convocar o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dono da empresa Novadata, Mauro Dutra, para prestar depoimento.
Desconfiavam que a amizade com o presidente facilitou a situação da empresa nas licitações com órgãos públicos, inclusive com os Correios. Governistas resistiam em votar o requerimento. Consideravam que a oposição tentava atingir o presidente Lula com a convocação do empresário.
Dutra compareceu à subrelatoria de Contratos da CPI nesta terça-feira, mas nenhum deputado ou senador do PFL ou PSDB esteve no plenário para questionar Mauro Dutra. Na sala da comissão, estavam apenas o vice-presidente da CPI, Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), o subrelator José Eduardo Cardozo (PT-SP), o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL).
Em seu depoimento, Dutra negou ter sido privilegiado em licitações com órgãos públicos por influências políticas. 'Nunca fui privilegiado neste governo, mas não fui discriminado em outros governos', afirmou.
Para confirmar seus argumentos, o empresário afirmou que o faturamento da Novadata nos Correios de 2002 para 2003 caiu de R$ 63,7 milhões para R$ 10,3 milhões. Apresentou também, como exemplo, três licitações em que a empresa ganhou parte do contrato, mas ficou com fatias do dinheiro.
Na primeira, de um total de R$ 10 milhões licitados, R$ 8 milhões ficaram com a Novadata. Na segunda, de um contrato de R$ 50 milhões, R$ 3 milhões teriam como destino a empresa de Mauro Dutra. Por fim, a terceira teve como valor total R$ 33 milhões, sendo R$ 1,5 milhões direcionados para a Novadata.
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PFL e PSDB negligenciam depoimento de Mauro Dutra à CPI
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da Folha Online, em Brasília
Deputados e senadores do PFL e PSDB insistiam desde o início da CPI dos Correios para convocar o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dono da empresa Novadata, Mauro Dutra, para prestar depoimento.
Desconfiavam que a amizade com o presidente facilitou a situação da empresa nas licitações com órgãos públicos, inclusive com os Correios. Governistas resistiam em votar o requerimento. Consideravam que a oposição tentava atingir o presidente Lula com a convocação do empresário.
Dutra compareceu à subrelatoria de Contratos da CPI nesta terça-feira, mas nenhum deputado ou senador do PFL ou PSDB esteve no plenário para questionar Mauro Dutra. Na sala da comissão, estavam apenas o vice-presidente da CPI, Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), o subrelator José Eduardo Cardozo (PT-SP), o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL).
Em seu depoimento, Dutra negou ter sido privilegiado em licitações com órgãos públicos por influências políticas. 'Nunca fui privilegiado neste governo, mas não fui discriminado em outros governos', afirmou.
Para confirmar seus argumentos, o empresário afirmou que o faturamento da Novadata nos Correios de 2002 para 2003 caiu de R$ 63,7 milhões para R$ 10,3 milhões. Apresentou também, como exemplo, três licitações em que a empresa ganhou parte do contrato, mas ficou com fatias do dinheiro.
Na primeira, de um total de R$ 10 milhões licitados, R$ 8 milhões ficaram com a Novadata. Na segunda, de um contrato de R$ 50 milhões, R$ 3 milhões teriam como destino a empresa de Mauro Dutra. Por fim, a terceira teve como valor total R$ 33 milhões, sendo R$ 1,5 milhões direcionados para a Novadata.
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