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Para evitar nova "ventania", Serra evita falar de Banco Central
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ANDREZA MATAIS
enviada especial a Goiânia
Em entrevista no início da tarde desta terça-feira em Goiânia, o pré-candidato tucano a presidente, José Serra, disse que não falaria sobre Banco Central para evitar uma nova "ventania", numa referência às declarações de ontem à rádio "CBN".
"Olha, eu não vou falar do BC hoje, senão de novo vai causar uma ventania sem razão", disse, na capital goiana, em entrevista ao "SBT".
O tucano disse que, caso seja eleito, seu governo será de "entrosamento", incluindo neste caso sua relação com o BC.
Ontem, Serra afirmou que a taxa de juros no país deveria ter sido reduzida no passado e destacou que o Banco Central não é a Santa Sé.
Ele demonstrou irritação ao ser questionado pela jornalista Miriam Leitão sobre também agir como presidente do BC, se eleito. O tucano defendeu a autonomia do banco, mas afirmou que se houver "erros calamitosos", o presidente deve interferir e opinar. "O presidente tem que fazer sentir sua posição."
"O Banco Central não é a Santa Sé. Não sou contra incentivos tributários, mas é preciso um mecanismo que não puna os municípios", disse ele.
Segundo ele, o Brasil continua com a maior taxa de juros do mundo. Como alternativa, defendeu uma política de médio e longo prazo para evitar a alta da taxa como mecanismo de conter a inflação.
Mais tarde, diante da repercussão, Serra voltou a falar do assunto. Segundo o tucano, a intervenção do governo na atuação do banco vem no momento em que se nomeiam presidente e diretores da instituição, dando a entender que, se eles forem mal avaliados, deverão ser trocados pelo presidente, que disse ser ainda ser contrário a um mandato fixo para os ocupantes de cargos de direção no BC.
"O BC trabalha direito, mas tem que ter um acompanhamento, como em qualquer país do mundo. Não é motivo para sobressalto. Tem que ter autonomia para o seu trabalho, dentro de certos parâmetros, que são os interesses da estabilidade de preços e do desenvolvimento da economia nacional."
Serra descartou, ainda, conferir mandato fixo ao presidente do BC. Segundo ele, a prerrogativa de nomeação do presidente e da diretoria é uma das maneiras de controle da política do BC.
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