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20/10/2005
-
20h46
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Deputado federal desde 1987, o ex-ministro da Previdência Roberto Brant (PFL-MG), 63, vai deixar a vida pública em 2006, mesmo se for absolvido no julgamento da Câmara. Considerando-se "injustiçado pelo sistema" por não ter praticado crime, ele disse que a suspeição foi o suficiente para afetar sua imagem, o que nem a absolvição mudará. Abandonar a política será uma forma de "protesto pessoal", afirmou.
Brant disse hoje à Folha que não fez uso de caixa dois na campanha à Prefeitura de Belo Horizonte em 2004. Em 21 de julho passado, quando afirmou que os R$ 102.812,76 sacados na conta da agência SMPB por um assessor da sua campanha foram uma doação da siderúrgica Usiminas, ele disse que o dinheiro não foi contabilizado na sua prestação eleitoral e que faria a retificação.
Não fará mais, disse hoje, porque a doação da Usiminas não foi usada na sua campanha. O dinheiro, segundo ele, foi usado para pagar um programa de TV regional do PFL que foi exibido quase três meses após a data da ocorrência do saque.
"Não vou retificar nunca, está na minha defesa. Eu usei esse recurso para pagar uma despesa que não é de campanha, é do programa partidário. Como o dinheiro veio sem ser cheque nominativo à campanha, não poderia ser dinheiro de campanha. É uma despesa política. Eu tenho a prova, tenho a nota fiscal e a declaração da empresa [que efetuou o serviço], declaração do PFL que foi eu que paguei o programa que foi ao ar no dia 30 de maio."
Por isso, Brant afirma que não praticou "delito fiscal e nem eleitoral". "Eu pretendo encerrar a minha vida política. Esse episódio é um absurdo. Não cometi erro de nenhuma espécie. No meu caso não foi caixa dois. Eu fiquei envolvido nessa coisa aí em uma situação completamente diferente. E isso afeta a imagem da pessoa. O político depende basicamente da imagem."
Ele acrescentou: "Apesar de acreditar na minha absolvição, plenamente, é um protesto encerrar minha vida pública. É o único protesto pessoal que eu posso fazer, já é uma decisão tomada. É um processo extremamente injusto, e a absolvição não apaga as conseqüências". A Usiminas segue sem comentar o assunto.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Roberto Brant
Brant se diz "injustiçado" e vai abandonar política
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Deputado federal desde 1987, o ex-ministro da Previdência Roberto Brant (PFL-MG), 63, vai deixar a vida pública em 2006, mesmo se for absolvido no julgamento da Câmara. Considerando-se "injustiçado pelo sistema" por não ter praticado crime, ele disse que a suspeição foi o suficiente para afetar sua imagem, o que nem a absolvição mudará. Abandonar a política será uma forma de "protesto pessoal", afirmou.
Brant disse hoje à Folha que não fez uso de caixa dois na campanha à Prefeitura de Belo Horizonte em 2004. Em 21 de julho passado, quando afirmou que os R$ 102.812,76 sacados na conta da agência SMPB por um assessor da sua campanha foram uma doação da siderúrgica Usiminas, ele disse que o dinheiro não foi contabilizado na sua prestação eleitoral e que faria a retificação.
Não fará mais, disse hoje, porque a doação da Usiminas não foi usada na sua campanha. O dinheiro, segundo ele, foi usado para pagar um programa de TV regional do PFL que foi exibido quase três meses após a data da ocorrência do saque.
"Não vou retificar nunca, está na minha defesa. Eu usei esse recurso para pagar uma despesa que não é de campanha, é do programa partidário. Como o dinheiro veio sem ser cheque nominativo à campanha, não poderia ser dinheiro de campanha. É uma despesa política. Eu tenho a prova, tenho a nota fiscal e a declaração da empresa [que efetuou o serviço], declaração do PFL que foi eu que paguei o programa que foi ao ar no dia 30 de maio."
Por isso, Brant afirma que não praticou "delito fiscal e nem eleitoral". "Eu pretendo encerrar a minha vida política. Esse episódio é um absurdo. Não cometi erro de nenhuma espécie. No meu caso não foi caixa dois. Eu fiquei envolvido nessa coisa aí em uma situação completamente diferente. E isso afeta a imagem da pessoa. O político depende basicamente da imagem."
Ele acrescentou: "Apesar de acreditar na minha absolvição, plenamente, é um protesto encerrar minha vida pública. É o único protesto pessoal que eu posso fazer, já é uma decisão tomada. É um processo extremamente injusto, e a absolvição não apaga as conseqüências". A Usiminas segue sem comentar o assunto.
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